Não é um evento tão recente assim a ascensão da indústria futebolística não só no Brasil, como no mundo inteiro. Acontece que, de uns anos para cá, os valores pagos não só a jogadores como também em premiações e para a equipe técnica mais que triplicou. Grande parte disso se deve a patrocinadores, como casas de apostas do Brasil mais confiáveis, empresas do ramo alimentício, têxtil e muito mais que perceberam no esporte um enorme potencial de visibilidade e, consequentemente, a abertura para novos negócios.
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Para ter suas marcas estampadas na camisa de grandes times do Brasil como Flamengo, Palmeiras e muitos outros, algumas empresas chegam a pagar R$ 30 milhões por ano (ou mais). Tal valor pode até mesmo dobrar a depender do quão distante o time chegar em um campeonato como, por exemplo, a Copa do Brasil. Caso vá para uma disputa que envolve times de outros países (casos de Libertadores, Sul-Americana, Concachampions etc.), o valor pode ser ainda maior.
Vale mencionar que alguns acordos não envolvem somente o valor monetário, mas também o fornecimento de uniformes esportivos como acontece com algumas gigantes como Nike, Puma, Adidas e até recentemente Peak, uma fabricante chinesa que patrocinou a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados em 2021.
E se engana quem acredita que seleções obtêm os patrocínios de valor mais alto por conta da natural reunião de craques. Isso pode até acontecer mas, quando clubes de tradição se destacam no cenário nacional e/ou continental, eles constantemente podem superar o valor obtido por seleções. Em muito, também, pelo fato das seleções terem jogos efetivamente competitivos em espaços de tempo maiores do que os times.
Foi o caso numericamente comprovado, por exemplo, do Flamengo. No ano passado, a equipe teve o uniforme mais valioso do Brasil, com contratos que podem valer mais de R$ 100 milhões. Na época, o time possuía não apenas a equipe mais valiosa do Brasil, como também do continente sul-americana e, vindo de uma invejável sequência de conquistas, elevou seu nome no cenário esportivo e também econômico.
Além dos elementos esportivos e envolvendo empresas de ramos distintos, as casas de apostas esportivas entraram no cenário e ofertaram altos valores de patrocínio para divulgação de sua marca, algo que naturalmente elevou o mercado a valores estratosféricos.
Atualmente, são várias as casas de apostas que patrocinam grandes times no Brasil em ofertas que são boas para ambos os lados pois, com a divulgação da marca nas camisas, vários torcedores e até quem não torce, mas vê o nome da casa, acaba tendo sua curiosidade instigada. Não é a toa que a prática vem sendo utilizada há bastante tempo em clubes poderosos da Europa como Barcelona, Real Madrid e muitos outros, com destaque para o futebol inglês.
Há quem se pergunte se realmente é um bom negócio o investimento em clubes de futebol. Contudo, vale lembrar que os times participam de diversas competições televisionadas, sem contar que, se fossem adquirir horários na televisão, montar propaganda, etc., as empresas poderiam gastar muito mais.
Com as marcas estampadas nas camisas dos times e em painéis em coletivas de impressa, a equipe adquire muito mais visibilidade, gastando menos do que investindo em propaganda. E, em casos mais específicos, se o valor não for menor, no mínimo a campanha é mais eficaz, além de trazer certo prestígio para as marcas por sua associação a fontes de enorme paixão e adoração pelos torcedores.
É por isso que várias empresas nem questionam os altos valores solicitados e aceitam as diversas regras impostas pelos clubes como, por exemplo, a de aumentar o valor caso cheguem em instâncias mais elevadas de torneios importantes. Isso porque, apesar de naturalmente aumentar a necessidade de investimento, a alta visibilidade acaba sendo elemento de compensação.
