O domínio brasileiro na Libertadores irá acabar em 2022?

Foto: Twitter oficial Libertadores BR

Os três últimos campeões da Libertadores são brasileiros e as duas últimas finais colocaram frente a frente clubes do Brasil, algo que não é comum na história da competição – só tinha acontecido outras duas vezes, também de forma seguida (2005 e 2006) e com certeza não está sendo bem recebido nos outros 9 países do continente.

Mas é possível esperar de forma realista que isso irá acabar? Nas casas de apostas esportivas os times brasileiros são favoritos nos jogos da Libertadores de forma regular, afinal 6 dos 8 times das quartas de final eram do Brasil na edição 2021.

Entretanto uma das regras das apostas é tentar encontrar o maior valor e um bom retorno para o risco, o que implica em apostar em clubes que não estão tendo a devida atenção.

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Com as odds da Libertadores da América de 2022 saindo a qualquer momento, pode ser interessante olhar além de Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, que com certeza serão favoritos na próxima edição da disputa continental.

A Argentina é a maior possibilidade

Antes do domínio brasileiro, a final da Libertadores de 2018 foi entre Boca Juniors e River Plate, o finalista em 2017 contra o Grêmio foi o Lanús e em 2014 e 2015 os campeões foram San Lorenzo e River. Ou seja, a Argentina teve sucessos e boas campanhas recentes com diversos clubes.

Entretanto, a diferença entre o poderio econômico do futebol dos dois países aumentou, com os clubes do Brasil aumentando suas fontes de renda com patrocínios e fidelizando suas torcidas. Não há um clube da Argentina entre os cinco maiores faturamentos do futebol latino-americano (são quatro brasileiros e um mexicano), com Boca e River ficando na sexta e sétima posição. É significativo que Marcelo Gallardo, ídolo do River e bicampeão da Libertadores, esteja saindo do clube e o Flamengo é um dos possíveis destinos, mesmo com sua altíssima pedida salarial.

Apesar de não ter mais Gallardo após sete anos, o River Plate é o maior candidato entre os clubes argentinos, com o Boca passando por uma reconstrução difícil no momento e podendo ficar fora da competição continental. Times como Colón, Vélez Sarsfield estão em um patamar bem abaixo.

Uruguai, Colômbia e Paraguai não são mais os mesmos

Se a disparidade na economia faz toda a diferença nos duelos Brasil x Argentina, o caso fica ainda pior nas comparações com Uruguai, Colômbia e Paraguai, que tem seus clubes campeões da Libertadores. São oito títulos uruguaios e três colombianos e paraguaios.
O último campeão de algum desses países foi o Atlético Nacional, que teve um período incrível em sua história, mas não conseguiu mantê-lo. Antes disso, o Olimpia em 2002 tinha sido o campeão.

Curiosamente esses três países tiveram campeões entre 1987 e 1990, com Peñarol, Nacional, Atlético Nacional e Olimpia levantando o caneco e o Colo-Colo, do Chile, com o único título do país na história da Libertadores. Se um título hoje de qualquer equipe desses países é improvável, uma sequência como a do final dos anos 80 e começo dos 90 é basicamente impossível.

Campanhas interessantes de outras forças

Se clubes tradicionais estão patinando na Libertadores e não conseguiram manter seu espaço, outros times estão aparecendo e tendo boas campanhas. O Independiente del Valle foi vice-campeão em 2016 depois de bater River nas oitavas e Boca nas semis antes de cair pro Atletico Nacional na final. Em 2019 foi campeão da Sul-Americana.

O Barcelona de Guayaquil, vice-campeão pro Vasco da Gama em 1998, reapareceu recentemente sendo semifinalista em 2017 (eliminando Palmeiras e Santos antes de cair pro Grêmio) e em 2021 (eliminando o Santos na fase de grupos e o Fluminense nas quartas antes de cair pro Flamengo).

O bom trabalho desses dois clubes equatorianos pode trazer mais resultados, mas perante os clubes brasileiros a diferença ainda é muito grande. Portanto é realmente difícil ver o domínio brasileiro acabando no curto prazo, necessitando uma campanha iluminada de um clube tanto revelando jogadores como tendo um mando de campo forte e um bom trabalho do corpo técnico para eliminar a disparidade financeira. Mas sendo a Libertadores uma competição imprevisível, não duvide que isso pode acontecer.

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