O Corinthians é o maior time de futebol feminino e confirma cada vez mais a sua hegemonia na modalidade. A conquista da Supercopa do Brasil de 2023, após vencer o Flamengo por 4 a 1, na Neo Química Arena, no último dia 12 de fevereiro, ampliou a coleção de troféus e o domínio alvinegro recentemente construído.
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Desde a reativação da categoria, em 2016, já são 14 títulos de relevância (estadual, nacional ou continental) das Brabas do Timão — apelido carinhoso dado pela torcida. São quatro do Campeonato Brasileiro, três da Libertadores, quatro do Campeonato Paulista, dois da Supercopa do Brasil e um da Copa do Brasil. Em resumo, é o maior campeão do país.
Esses resultados positivos e a imponência do time paulista não acontecem à toa. Profissionalização e investimento são a chave do sucesso. Após o restabelecimento da equipe, que fez parceria com o Audax até o fim de 2017, Cris Gambaré assumiu, de maneira exclusiva, o Departamento de Futebol Feminino do clube, estando à frente da gestão até hoje. Ela foi a primeira mulher a ser diretora do Corinthians.
Acompanhados das conquistas recentes dentro de campo, os investimentos, de forma geral, são pontos de destaque, já que o Timão tem buscado maneiras de criar novas receitas. No início deste ano, por exemplo, a atacante Adriana foi vendida para o Orlando Pride, dos Estados Unidos, por 100 mil dólares (cerca de R$ 513 mil), na maior venda da história do futebol feminino brasileiro.
Em 2020, todo o time feminino foi profissionalizado, o que dá mais credibilidade ao mercado da bola e aumenta as condições para contratar grandes jogadoras com forte atratividade tanto dentro do esporte (proporcionando um alto nível de competição) quanto na visibilidade das atletas, que se interessam mais em atuar pelo clube.
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Nesse sentido, o Corinthians oferece estrutura adequada, boa remuneração e um ambiente de trabalho satisfatório para que as atletas desenvolvam seu potencial e tenham um rendimento à altura.
Além das vendas, outra receita importante é proveniente das bilheterias do Timão. Ainda não há comparação com o público do futebol masculino, mas as rendas vêm crescendo, sobretudo nos jogos mais importantes e decisivos do time. Na final do Brasileirão de 2022, por exemplo, foram pouco mais de 41 mil torcedores presentes, algo que totalizou uma arrecadação de R$ 900.981,00.
Fora das quatro linhas, o engajamento em redes sociais está sendo feito intensamente pelo clube que é um dos únicos que criaram perfis exclusivos para a modalidade. Algo que, naturalmente, começou a dar mais visibilidade ao elenco feminino e promoveu uma aproximação da torcida corintiana. Hoje, o clube já possui mais de um milhão de seguidores no Instagram e passa de 300 mil no Twitter.
O time treina e faz os jogos como mandante no Estádio Alfredo Schürig, mais conhecido como Parque São Jorge, que possui estrutura satisfatória e adaptada para as duas modalidades. Seja com vestiários que comportam mictórios masculinos, inclusive, como também todos os aparatos necessários para a equipe feminina incluindo banheiros próprios para elas. O time masculino já mandou mais de 400 jogos nesse palco que conta, ainda, com um bom gramado onde jogos femininos e da base são realizados.
E os investimentos não param por aí. No fim do ano passado, o Corinthians anunciou a contratação da meio-campista Duda Sampaio, ex-Internacional e eleita a melhor jogadora do último Campeonato Brasileiro, vencido pelo Timão. O técnico Arthur Elias, que comanda a equipe desde o início do ciclo vitorioso, em 2016, renovou contrato até o fim deste ano.
*Por Agência Conversion
