Mais uma denúncia de racismo assola o futebol sul-americano. Dessa vez, o caso ocorreu em partida do Campeonato Equatoriano, entre Deportivo Cuenca e Delfín, envolvendo Eddie Guevara e Nahuel Gallardo.
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Depois do término da partida que ficou no empate em 1 a 1, no Estádio Alejandro Serrano Aguilar, Guevara foi entrevistado onde um dos questionamentos foi sobre a relação negativa da torcida com a igualdade em casa. Atualmente, a equipe do interior do país está em quarto lugar na liga nacional, com 33 pontos, sete a menos do que o líder, Independiente del Valle.
Com isso, enquanto apontou os possíveis motivos para a reação do torcedor, Eddie Guevara revelou que, de sua parte, um ponto que assumidamente atrapalhou no aspecto da concentração foi o ato de racismo sofrido:
“O número 5 do Delfin me disse: ‘Negro, macaco’. Isso não pode mais acontecer. Isso precisa ser denunciado, é uma loucura! É preciso ter um pouco de empatia. Com questões de racismo, não acho que essa seja a linha correta a ser seguida.”
O experiente zagueiro de 35 anos chegou a dizer, inclusive, que informou uma autoridade presente sobre a situação. Porém, recebeu uma resposta que o desencorajou a acreditar que tal situação receberia a punição necessária:
“Falei para a delegada da partida, mas ela disse: ‘Não posso fazer nada porque o árbitro é quem está lá dentro e vê’. Falei para o árbitro uma vez, falei para ele duas vezes: ‘Até quando?’ Tenho uma cabeça forte e sei como é o futebol, mas me mantenho forte. Se ele teve coragem de dizer isso, que assuma a responsabilidade e, se houver uma sanção, que a cumpra.”
A organização do Campeonato Equatoriano (LIGAPRO), os clubes envolvidos na partida ou mesmo Nahuel Gallardo não se pronunciaram sobre o caso até a publicação desse conteúdo.