Tendo Ibrahim Said como figura de caráter heroico, a Nigéria penou, mas arrancou sua segunda vitória no Mundial Sub-17 diante do Equador por 3 a 2 em compromisso disputado no Estádio Olímpico em Goiânia. O duelo valeu pela segunda rodada do Grupo B onde também estão Austrália e Hungria.
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Primeiro tempo
Logo com quatro minutos de jogo, um erro individual cometido na saída de bola por parte do arqueiro Juan López acabou sendo determinante para a abertura do placar na cidade de Goiânia. Após lançamento onde o goleiro mostrou indecisão para afastar o perigo, o corte parcial ficou nos pés do meio-campista Ibrahim Said que aproveitou López adiantado para fazer o precoce gol africano.
Se mantendo centrado e evitando com que a Nigéria pudesse administrar qualquer vantagem, logo aos 10 o time de José Javier Rodríguez chegou a igualdade contando com um importante toque de sorte.
Em bola ajeitada de cabeça por Pedro Vite após excelente lançamento de Erick Pluas, Adrian Mejía bateu pro gol de pé esquerdo e viu a bola bater na trave, nas costas do goleiro Daniel Jinadu e entrou na meta adversária.
Depois desse início bastante agitado, a consistência no jogo dos nigerianos principalmente na ocupação dos espaços e poder de marcação para retomar a posse parecia bem superior a da Tri. Algo que não necessariamente significou um número maior de chances aos africanos que, com a bola, esbarravam em uma zaga equatoriana compacta.
Segundo tempo
Logo aos dois minutos, erros de ambas as partes no momento da saída de jogo quase complicaram a vida dos goleiros López e Jinadu e poderiam ter desequilibrado o marcador para um dos lados. Todavia, o que acabou sendo determinante nesse sentido foi um lance onde o Árbitro de Vídeo atuou diretamente na marcação de penalidade máxima para o Equador.
Em lance onde o lateral-esquerdo Charles Etim teria errado o tempo de bola e chutado a perna de John Mercado, o árbitro catari Khamis Al Marri foi ao VAR e decidiu por marcar a penalidade dando cartão amarelo ao número 3 da Nigéria. Na batida, Mejía foi bem e colocou no canto oposto ao de Jinadu dando vantagem aos sul-americanos com 11 minutos.
O gol forçou a equipe das Águias Verdes a obrigatoriamente se exporem mais no plano defensivo com linhas mais altas de marcação, algo que, a princípio, até foi explorado pelo time equatoriano. Contudo, depois dos 25 minutos, a questão física parecia pesar contrariamente aos sul-americanos e a postura do time de José Rodríguez era de tentar “cozinhar” o jogo o quanto podia.
A pujança de fôlego da Nigéria foi sobressaindo gradativamente e, com exceção de uma pancada de média distância dada por Pedro Vite que explodiu no travessão de Daniel Jinadu, parecia mais provável o tento da igualdade africana do que a consolidação do empate. E foi justamente o que aconteceu quando, aos 39, Said acertou um chute da ponta esquerda da grande área que achou o ângulo de López que nada poderia fazer para alcançar.
Já com 44 minutos, uma linda tabela iniciada por Samon Tijani caiu nos pés de Said que, em jornada inspirada, limpou a marcação e bateu novamente com extrema categoria para um López que até pulou, mas não alcançou.
