Na defensiva, Leila Pereira ‘atira’ para todos os lados no Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

A entrevista coletiva recente que foi concedida pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, pode ser considerada como o mais claro exemplo de ambiente no clube. Isso porque, mediante as cobranças por conquistas que ficaram pelo caminho em 2023, a mandatária do Alviverde reagiu da mesma forma que o técnico Abel Ferreira: na defensiva. Porém, sem deixar de ‘atirar’ para todos os lados.

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Diante do fato da coletiva ocorrer um dia depois de atos de vandalismo contra 40 lojas da Crefisa, principal patrocinadora do clube e empresa da qual Leila é proprietária, o grande alvo da presidente (mesmo sem citação nominal) foi a principal torcida organizada palmeirense, a Mancha Alvi-Verde. Além de fazer alusão a protestos recentes contra sua gestão, a atribuição oficial dos atos de vandalismo tem sido creditada a Mancha, inclusive, com processos que devem ser movidos contra a organizada.

“Pressão é normal, mas são inadimissíveis ato de vandalismo contra um parceiro que está há nove anos só colaborando com o clube. Não é tocando bumbo na porta da Academia que vou renovar com os atletas. Esses atos de vandalismos com a parceira que só colaborou com o Palmeiras, que na pandemia manteve o patrocínio e, em momento algum, suspendeu o pagamento. O torcedor organizado não torce pelo Palmeiras, torce pela entidade deles. Se gostassem do Palmeiras, não vandalizariam muros do clube, não entendo a paixão que dizem ter. A Crefisa vai processar a torcida organizada civil e criminalmente, isso não vai ficar assim”, garantiu.

Em sua defesa enquanto proprietária da principal patrocinadora do Palmeiras e também presidente da entidade, Leila Pereira reforçou os aportes feitos desde sua chegada. Chegando, inclusive, a apontar um “provável destino” caso outro mandatário assuma as funções e não siga a mesma linha de raciocínio da sua gestão.

“Eu só contribuo com o Palmeiras. Aí vão falar do patrocínio, do que a Crefisa ganhou. Mas eu poderia muito bem pegar esse dinheiro que invisto aqui no Palmeiras e colocar em outros veículos. Mas escolhi fazer aqui para colaborar com nosso clube. Fora reformas que eu faço em piscinas que ninguém mexia há 70 anos, vou gastar alguns milhões também. Vou falar com sinceridade: não tem o que falar dessa parceria. É uma parceria muito significativa para o Palmeiras. Nós tratamos o clube de uma forma extremamente profissional e transparente. Eu gosto de frisar isso porque esse é o caminho”, disse Leila, agregando:

“No dia que eu sair do Palmeiras, se entrar outro presidente que não siga esse mesmo caminho, eu não tenho dúvida nenhuma que o Palmeiras vai voltar a ser o que era em 2014. O Palmeiras volta para a segunda divisão, gente. Essas pessoas que ficam criticando de uma forma totalmente irresponsável a nossa gestão querem ver o caos para voltar a ver o que era antes. E se voltar, a grande emoção do nosso torcedor vai ser se vai cair ou não para a segunda divisão. Então tem que tomar muito cuidado com isso, muito cuidado com essas pessoas que querem destruir um trabalho que está sendo aprimorado a cada ano.”

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