Ao contrário do que ocorreu na partida decisiva da Copa América 2015, Chile e Argentina não precisaram do que mais de 90 minutos de partida para balançarem as redes do Estádio Nacional em Santiago. E, sendo melhor na sua proposta, a equipe Argentina acabou “se vingando” do revés nos pênaltis do ano passado com um triunfo por 2 a 1.
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A partida começou da maneira que todos aguardavam, com um ritmo forte na questão da velocidade e a posse de bola bem dividida entre ambas as equipes. O único fator de desequilíbrio era o fato de que, quando próximo a meta de Sergio Romero, os chilenos não se intimidavam em arriscar mais do que na situação contrária.
Com 10 minutos, mesmo com a precoce lesão de uma força de criação como Matías Fernandez, a maior ousadia dos mandantes acabou sendo premiada. Após cruzamento vindo da ponta direita do ataque da Roja em escanteio de Maurício Isla, o meio-campista Felipe Gutiérrez antecipou a marcação Albiceleste e abriu a contagem para sacudir o Estádio Nacional em Santiago.
Os cinco minutos seguintes davam a impressão de que o Chile estava muito a vontade dentro de campo, tendo o gol abalado a confiança e todo o sistema de marcação armado por Tata Martino. Porém, outra lesão nos comandados de Juan Antonio Pizzi (dessa vez do volante Marcelo Díaz) acabou desestruturando um pouco do equilíbrio dos donos da casa, o suficiente para os argentinos encontrarem a igualdade.
Aos 18, um erro na saída de bola da defesa local fez a bola sobrar nos pés de Éver Banega que tocou para Aguero dentro da grande área. Após o atacante tentar “clarear” para o chute, a bola sobrou para Ángel Di María, que acertou um lindo chute de perna direita para superar o arqueiro Claudio Bravo.
O tento inverteu os ânimos, fazendo com que a Argentina passasse a pressionar e forçar o erro adversário. E conseguiu novamente tirar proveito disso aos 24 minutos, quando Di María desviou uma bola de cabeça para Nicolas Otamendi que, após a cobrança de um escanteio no lance anterior, estava no campo de ataque. Com isso, Nico precisou apenas levantar a cabeça e tocar para o lateral-direito Gabriel Mercado, que finalizou meio sem jeito para o fundo das redes. 2 a 1 Argentina.
Depois de minutos mais intensos, o restante da primeira parte teve uma redução da velocidade, porém em nada perdeu na condição técnica. Tanto é verdade que tanto possibilidades de empatar por parte dos chilenos com de ampliar pelos argentinos naturalmente surgiram.
No princípio do segundo tempo, as posturas eram condizentes com o placar. Enquanto o Chile tentava acelerar suas jogadas para chegar mais rápido a meta de Romero, o time de Lionel Messi tentava a todo custo esfriar o jogo e conduzir a partida em banho-maria.
Até pouco mais de 20 minutos decorridos a tática argentina teve um bom funcionamento, já que somente o chute de Alexis Sánchez acabou levando mais perigo a meta Albiceleste. Porém após a entrar do atacante Mauricio Pinilla no lugar de Bryan Rabello, as jogadas aéreas começaram a assombrar a defensiva portenha, não sendo poucas a vezes em que a imposição física do camisa 9 chileno sobressaia na disputa pelo alto.
Entretanto, o placar em Santiago não mais se alterou e o resultado ficou no 2 a 1 favorável aos visitantes até o apito derradeiro do brasileiro Héber Roberto Lopes.