*Por Tiago Emanuel
Fidel Alejandro Castro Ruz divide opiniões pelo mundo. Enquanto uns referem-se a ele como um ditador sanguinário, outros o tratam como o libertador do povo cubano. Fato consumado é que Fidel é venerado por milhões de compatriotas até hoje. O anúncio de seu falecimento na madrugada de sexta para sábado comoveu todo o país, e foi declarado luto oficial de 9 dias em sua memória.
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Esporte mais famoso na Ilha, o beisebol disputou a atenção e carinho de Fidel com o futebol. No colégio jesuíta Belén, Fidel Castro atuava como ponta direita nos idos da década de 1940. Armando Montes estudou junto com Fidel na capital Havana e descreve o colega como atleta: “Era um jogador de qualidade regular. Mas era corpulento, musculoso, um jogador muito forte e, sobretudo, muito bravo. Ocasionalmente jogava, mas não era titular”.
A ligação de Castro com o futebol seguiu quando abriu as portas para Maradona tratar sua saúde na Ilha, no ano de 2000. Quase derrubado totalmente pelas drogas, Dieguito viu na boa vontade de Fidel um gesto de amor: “Era como meu segundo pai. Tive uma relação com ele que não sei se os atletas cubanos tiveram”. Emocionado, Maradona planeja voar para Cuba ao final da Copa Davis para se despedir do líder comunista. Em seu Facebook seguiu desabafando: “Me dói o coração porque o mundo perde o mais sábio de todos”, junto da foto que ilustra esta matéria.
Uma entrevista de Fidel ao espanhol As ratifica seu apreço pelo esporte bretão: “O futebol me ajudou a ter vontade, a exercer minha capacidade de resistência física, me produziu prazer, satisfação, espírito de luta e competência”.