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“Me sinto lisonjeado”, diz zagueiro Gustavo Bastos, do ABC, sobre o apelido ‘Xerife’

Foto: Divulgação-ABC

*Por Mariana Pereira – Colaboradora do Futebol Latino

Alta estatura, confiança, força física, experiência e muitas vezes poder de liderança. Tudo isso são características de um zagueiro, e com Gustavo Bastos não seria diferente. Hoje no ABC do Rio Grande do Norte, o “Xerife” se diz lisonjeado por ter esta credibilidade aos 32 anos.

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Gustavo chegou ao clube nordestino no dia 6 de janeiro deste ano após passar por diversas outras equipes ao redor do país. Natural de Pelotas (RS), o atleta disse que o apelido o acompanha por onde ele joga.

“Eu sou gaúcho, aí tem aquela coisa de chegar mais junto, uma pegada maior. Acabou virando um rótulo de bons anos. Por onde eu tenho passado eu ganho respeito tanto dos atletas quanto da torcida. Minha entrega em campo faz com que eu tenha este rótulo, é muito legal”, afirmou o jogador.

No último sábado (16), Gustavo Bastos e o ABC conquistaram a Copa Rio Grande do Norte – o returno do Estadual – diante do Alecrim (2 a 0) e garantiram vaga na final do Campeonato Potiguar. Para o zagueiro, o feito reflete a mudança de postura da sua equipe.

“Por nosso time ter sido muito contestado desde o início, foi ótimo. Nós tivemos uma preparação muito curta e por isso fizemos um péssimo primeiro turno. Nós sabíamos que o time ia evoluir. Precisou de muita paciência para conhecer melhor o companheiro, saber como um zagueiro marca, como o volante gosta de receber o passe. O entrosamento vem com o tempo e isso não tivemos no começo da competição”, explicou o atleta, que não esqueceu de dar os créditos, também, ao treinador. “Chegou o Geninho com uma filosofia diferente da do Narciso (ex-técnico) e isso mexeu muito”, completou.

A decisão do Estadual será diante do maior rival, o América, em duas partidas – a primeira no dia 1 e a outra no dia 8 de maio. De acordo com o “Xerife”, nada melhor que um “Clássico Rei” para ver quem fica com a taça. “Nós tivemos já dois jogos contra eles no início do ano. Ganhamos um e empatamos o outro. Acho que para uma final de campeonato seria o ideal, um clássico. A torcida pode esperar dois jogos extremamente disputados. É uma rivalidade gigantesca”, afirmou o zagueiro.

Mas Gustavo Bastos não enxerga a boa trajetória do ABC apenas pelo lado vitorioso. De acordo com o jogador, classificar o time para qualquer que seja a competição ajuda o clube, também, financeiramente.

“Isso tudo oferece um calendário melhor. A maioria desses clubes necessitam disso. Vem uma verba boa e quando não classifica e joga apenas o estadual, tudo dificulta para o ano inteiro. Isto foi muito importante pelo crescimento que está por vir”, ressaltou o atleta, referindo-se às vagas na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil de 2017, consequências do título do último sábado (16).

A experiência em disputar jogos importantes entrará em campo com Gustavo Bastos e deve ajudar o ABC. No currículo, acesso para a Série A1 com as equipes paulistas Guaratinguetá, em 2010 e Comercial, em 2013, e Campeonato Goiano da Divisão de Acesso e Brasileirão da Série C, ambos em 2015, pelo Vila Nova (GO). Inclusive, no clube goiano o zagueiro deixou saudades.

“O Vila Nova foi uma das melhores fases da minha carreira. Até hoje eu recebo muitas mensagens, em todas as minhas redes sociais. Alguns raros torcedores têm meu número e me chamam no WhatsApp muitas vezes só para conversar. Em outras, me pedem para voltar, para jogar uma Série B”, brincou o atleta. “Eu acredito que deixei um bom nome lá, uma boa impressão e ser querido dessa forma é muito importante, não pelo ego, mas pelo reconhecido profissional. Admiro o torcedor do Vila e tenho sim vontade de um dia voltar”, completou.

E com o bom desempenho que vem mostrando ao longos dos anos, o torcedor do Vila Nova (GO) pode ter esperanças de que um dia a vontade do atleta se concretize. O prazo para que isso aconteça? Em até seis temporadas, segundo o próprio Gustavo. “Não é uma situação exata, mas se eu manter um alto nível, acredito que uns cinco ou seis anos para eu parar de jogar. E usou um atleta que não bebo há muito tempo, nunca fumei, nunca tive lesão grave, então isso é uma coisa produtiva. Quando eu digo alto nível, é jogar uma Séria A de Campeonato Brasileiro”, concluiu o zagueiro.

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