Entre os anos 90 e 2000 o futebol deixou de lado o seu romantismo e ganhou formato de grande negócio. Se antes apenas os clubes ganhavam dinheiro, os atletas começaram a faturar a sua bolada e o amor pela camisa chegou ao fim.
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O futebol brasileiro, que sempre teve um celeiro de craques, também passou por transformações e, se ficou conhecido por produzir grandes talentos na linha, começou a ganhar espaço embaixo do gol.
No fim da década de 90 e começo de 2000, Palmeiras e São Paulo lançaram ao mercado Marcos e Rogério Ceni. Revelados nas categorias de base de cada clube, os dois se transformaram em ídolos das torcidas e juntos integraram a Seleção Brasileira de 2002, que levou para a casa o pentacampeonato Mundial.
Após o título com o Brasil, os dois retornaram aos seus clubes e tiveram trajetórias diferentes. Enquanto Marcos sofreu com lesões e teve que assumir o papel de referência em times limitados do Verdão, Ceni viveu anos de glória com o Tricolor, mas passou pela mesma situação do companheiro nos anos finais da carreira e se chateou muito com a seca de títulos pelos lados do Morumbi.
Confira abaixo o passo a passo de cada goleiro no futebol:
Marcos
Chegou ao Palmeiras na década de 90 e só assumiu a titularidade em 1999. Sem Velloso, Felipão apostou na cria da base que explodiu na Libertadores, torneio o qual foi eleito o melhor da competição e peça chave na conquista do título continental.
Um dos feitos que ajudou Marcos a ganhar a adoração da torcida palmeirense foi o desempenho diante do Corinthians. Em 2000, o camisa 1 pegou o pênalti de Marcelinho e colocou o Verdão na final da Liberta.
Apesar da grande qualidade técnica, São Marcos sofreu com as lesões. Muitas delas aconteceram dentro de campo em divididas com os atacantes rivais. Em 2008, depois de quatro anos de idas e vindas do DM, foi importante no Paulistão e tirou o Verdão da seca de taças.
A sua última grande atuação foi em 2009. Nas oitavas de finais da Libertadores, pegou até pensamento contra o Sport e colocou o Verdão nas quartas de final. A sua atuação foi tão brilhante, que o próprio arqueiro já assumiu que teve a sua melhor atuação da carreira naquele dia.
Rogério Ceni
Assim como o seu ‘adversário’ da matéria, Rogério chegou ao São Paulo nos anos 90 e só assumiu o posto de titular após a saída de Zetti. Em 1997 ganhou notoriedade com a torcida Tricolor ao marcar o seu primeiro gol de falta.
Apesar da qualidade embaixo do gol, Ceni não tinha sorte nos momentos decisivos e por diversas vezes viu a sua equipe falhar na hora mais importante. A prova disso é que a torcida apelidou o time de ‘amarelão’.
Em 2005 a história mudou. Com uma equipe sólida e repleta de jogadores com poder de decisão, Rogério Ceni enfim foi vitorioso e na mesma temporada ganhou o Paulistão, Libertadores e Mundial de Clubes, este último com uma atuação histórica do camisa 01.
Nas três temporadas seguintes o São Paulo impôs uma hegemonia no cenário nacional e Ceni conquistou o tricampeonato do Brasileirão.
De 2009 em diante, o Tricolor voltou a falhar nos momentos decisivos e Ceni conseguiu o título da Copa Sul-Americana (2012) antes de encerrar a sua carreira na temporada 2015.
E aí, torcedor, quem foi o melhor ao longo da carreira?
