Na manhã desta sexta-feira, o técnico do River Plate, Marcelo Gallardo resolveu falar pela primeira vez sobre a sua polêmica participação no duelo contra o Grêmio, quando não cumpriu a suspensão imposta pela Conmebol e se comunicou com os auxiliares através de um rádio.
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Com a voz serena, Muñeco mostrou arrependimento pelo ato e que, por agir impulsivamente perdeu a razão.
“Três dias depois você para para refletir e analisar com mais tranquilidade o que foi o jogo e uma classificação histórica. Isso é o que valorizo e respeito, que talvez não tenha sido dada uma importância maior.
Sempre estive convencido de que era injusta (a punição) e diante de uma situação de tanta importância como uma semifinal de Libertadores, as emoções também jogam e jogaram contra mim ter atuado impulsivamente. Isso senti e refleti nesses dias.
Agi por impulso e perdi a razão. Mas tenho tranquilidade e me parece que não há argumentos para invalidar a situação que claramente alcançamos no campo, que nos tirem da final.
Vou esperar a punição, depois da defesa que fizemos, e então começarei a focar no jogo com muito entusiasmo e decisão.
Não tinha decidido ir para o vestiário, foi algo impulsivo, sanguíneo, que às vezes acontece. Você tem que viver esses momentos para entender o que se sente. Foi sanguíneo, assumi a minha responsabilidade, quebrei a regra, mas não estava desafiando nada. Estávamos perdendo e senti que tinha que estar com o grupo. Nada mais que isso.
O elenco está preparado para jogar sem o treinador no banco. Não gostaria de perder a final, mas confio neles e no meu corpo técnico.
Somos humanos e temos essas falhas com as quais podemos nos equivocar. Em toda a competição da Conmebol não tinha nenhum problema com nenhum árbitro”.
Temeroso com a tensão entre os torcedores por conta do Superclássico, Marcelo Gallardo pediu calma e deixou claro que, independente do resultado, a vida continua para todo mundo.
“Transmitiremos que é um jogo de futebol, que tem um monte de nuances que vão aparecer nesses dias, mas não tem que ir além disso. É a mensagem que teríamos que todos nós temos que passar. Não é vida ou morte”, afirmou.
