Marcantes camisas 3 na história da Copa América

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Foto: USI

O papel de ser o defensor de uma seleção no torneio mais tradicional do continente sul-americano, a Copa América, não é missão das mais fáceis. São milhões de corações  sendo defendidos bravamente por aquele par de chuteiras onde um ato pode significar a glória ou a marca eterna de um revés duro de ser engolido.

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Camisas 1 marcantes na história da Copa América

Seja na categoria “zagueiro zagueiro” ou o “zagueiro elegante”, a camisa 3 quando o assunto é a Copa América também esteve muito bem representada ao longo dos anos e o Futebol Latino vai mostrar o nome de alguns deles que ficaram cravados na história da competição que completou 100 anos em 2016.

Confira marcantes camisas 3 na história da Copa América:

Julio Meléndez

Na edição de 1975, a competição não foi disputada com uma sede fixa, se revesando as equipes em atuarem dentro e fora de seus países como ocorre nas Eliminatórias. E, dentre as seleções participantes, uma das que mais chamavam a atenção era a maravilhosa geração peruana com nomes de extremo peso como Teófilo Cubillas, Juan Carlos Oblitas, Hugo Sotil e o talentoso Julio Meléndez.

Naquele ano, Meléndez formou dupla com outro nome histórico, Héctor Chumpitaz, e constituiu a zaga que conseguiu o segundo e último título da Blanquirroja na competição (bateu a Colômbia na final) após “calar” o Mineirão com uma vitória por 2 a 0 sobre a Seleção no primeiro jogo da semi. Um dos gols, inclusive, foi marcado pelo camisa 3.

Até o início dos anos 70, apenas os torcedores de Defensor Lima, Sport Boys e Defensor Arica haviam desfrutado de seu futebol bonito, técnico e usando apenas o posicionamento para se impôr perante aos atacantes adversários. Quando chegou ao Boca Juniors, “explodiu” e chegou ao ponto de ser considerado um dos 100 maiores ídolos da história Xeneize.

Nelson Gutiérrez

Os méritos do ex-jogador passam longe de ter unicamente grande visão empresarial quando da criação do conglomerado de mídia Tenfield, o maior do Uruguai na mídia esportiva televisiva. Isso porque, assim como foi capaz de fazer em Peñarol, Atlético Nacional e River Plate, na Copa América de 1987 ele deixou clara a sua marca vencedora.

Estabilizado como um dos grandes zagueiros do futebol argentino, já que formava afinada dupla com o campeão Mundial e da Libertadores Óscar Ruggeri, Gutiérrez dessa vez tinha a missão de “entristecer” os locais defendendo a Celeste junto com seu parceiro de time e astro maior da equipe, Enzo Francescoli.

Privilegiado por ter sido o campeão anterior, o Uruguai entrou direto na semifinal justamente contra os donos da casa. Depois de derrubar os anfitriões (curiosamente com outro nome de história no River, Antonio Alzamendi), os charruas levantaram seu 12° caneco batendo o Chile na decisão. Com Gutiérrez, ao lado do ex-Grêmio Eduardo Trasante, conseguindo segurar o ímpeto de um dos grandes avantes da época, Ivo Basay. Autor, aliás, de dois dos quatro gols da Roja no duro revés sofrido pelo Brasil na semifinal da competição por 4 a 0.

Ricardo Altamirano

Muito mais conhecido dentro do que fora do futebol argentino, Altamirano ganhou a responsabilidade, quando convocado tanto para a Copa América de 1991 como em 1993, de se mostrar tão seguro quanto a equipe foi na década anterior com Óscar Ruggeri.

Ao lado de “El Cabezón” e Fabián Basualdo (irmão de José Basualdo, grande nome do Boca Juniors e Vélez Sarsfield), Altamirano foi firme como nos períodos de Independiente e sustentou a fama do sistema defensivo bem montado com Alfio Basile no banco de reservas. O resultado? Bicampeão do torneio nas últimas duas conquistas profissionais da seleção argentina.

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