*Por Agência Conversion
O número de casos suspeitos envolvendo manipulações de resultados devem bater recorde no ano de 2022. A Sportradar, empresa especializada em integridade competitiva e monitoramento de apostas, colaboradora da FIFA, apontou que, até o início de agosto, já foram identificadas cerca de 670 partidas suspeitas, sendo 400 delas apenas no futebol.
Leia mais: Início de Enzo Fernández no Benfica é observado pelo River Plate
Dirigente de clube sul-americano revela motivo de não fechar com Cavani
O recorde de casos até então ocorreu no ano de 2021 onde 903 jogos foram classificados como suspeitos, sendo eles de 10 esportes diferentes, em 76 países. Porém, a tendência é que 2022 deva ficar na frente desta lamentável estatística com mais de mil casos, apontam as análises.
O problema de manipulação de resultados está em ascensão no futebol sendo que, no ano passado, cinco jogos foram classificados como suspeitos envolvendo seleções principais. Desde 2010, já foram apontados cerca de 100 casos envolvendo seleções, o que é um número preocupante visto que, neste ano de 2022, será realizada a Copa do Mundo no Qatar. A Copa do Mundo é o principal evento do futebol envolvendo seleções e é a principal vitrine para os jogadores no mundo do futebol e, com a aproximação do torneio, a empresa está em alerta.
Apesar das chances de casos assim acontecerem em uma competição desse porte serem mínimas, tendo em vista que os jogadores que irão para o torneio já são mundialmente aclamados e possuem uma base financeira sólida, especialistas alertam para possíveis aliciamentos de jogadores nos próximos meses.
No ano de 2014, durante a Copa do Mundo que foi realizada no Brasil, Ralf Mutschke, então chefe de segurança da FIFA, denunciou que árbitros e jogadores envolvidos na competição sofreram assédio de aliciadores para manipular resultados das partidas. A entidade também registrou casos em 2020 onde os jogadores Boniface Mwamelo, da seleção da Zâmbia, e Sidio Jose Mugadza, de Moçambique, foram suspensos do esporte. Enquanto Mwamelo teve pena fixada em 15 anos além de multa orçada em dez mil francos suíços (equivalente, na cotação da época, em R$55,7 mil), Mugadza foi punido por 7 anos. Ambos estavam envolvidos em conspirações de manipulação de resultados em torneios de base.
Acredita-se que aliciadores tentaram agir na próxima Copa abordando jogadores e árbitros, tendo em vista os altos ganhos nas casas de apostas. A FIFA já informou que pretende tomar todas as medidas que forem necessárias e terá tolerância zero com casos de manipulações e doping.
O antidoping sempre é realizado nas partidas de futebol, escolhendo jogadores de forma aleatória, que são submetidos a um exame toxicológico, para verificar o possível favorecimento no desempenho do atleta por meio do uso de substâncias proibidas.