O atacante brasileiro Malcom negou de maneira categórica que já tenha passado por qualquer episódio de cunho racista desde que chegou a equipe do Zenit (Rússia) proveniente do Barcelona (Espanha) em transação que ocorreu no mês de agosto desse ano por 40 milhões de euros (R$ 172,1 milhões na cotação da época).
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Em palavras que foram ditas a rádio francesa RMC Sports, país onde o jogador foi bem sucedido com a camisa do Bordeaux, ele foi bastante claro apontando que não houve nada relacionado a racismo sobre as faixas exibidas pelo torcedor do clube russo falando em “respeitar as tradições”.
Segundo sua explicação, isso seria, na verdade, uma reclamação da torcida para que o Zenit utilizasse mais as suas categorias de base ao invés de somente fazer contratações para preencher as necessidades do elenco principal:
“A imprensa está falando muito, mas vou dizer o que aconteceu: não recebi nenhum gesto racista. No Zenit, os torcedores costumam pedir ao clube que use jovens jogadores da base em vez de contratar o tempo todo, é por isso que havia uma faixa, não era racista.”
Apesar do apontamento feito pelo avante de 22 anos de idade, torcedores do clube da cidade de São Petersburgo possuem um passado ligado a posicionamentos de cunho excludente, algo que ocorreu, por exemplo, quando o brasileiro Hulk chegou ao clube em 2012. Tendo expressado isso abertamente em uma nota com o seguinte teor:
“Não somos racistas, mas para nós a ausência de futebolistas negros no plantel do Zenit é uma importante tradição que reforça a identidade do clube. Somos a equipe mais ao norte das grandes cidades europeias e nunca tivemos vínculos com a África, a América Latina, Austrália ou Oceania. Não temos nada contra habitantes destes continentes, mas queremos que joguem no Zenit atletas afinados com a mentalidade e o espírito da equipe.”