Se dentro de campo a seleção da Bolívia conseguiu até um surpreendente resultado na Copa América, chegando as quartas-de-final da competição quando foi eliminada pelo Peru, no sentido administrativo a desconfiança do torcedor cresce a cada dia, já que vários dirigentes estão sendo investigados por atos de corrupção.
Depois de Carlos Chávez (presidente da FBF – Federação Boliviana de Futebol), Pedro Zambrano (secretário-geral da FBF), Jorge Justiniano (presidente da ANF – Associação Nacional de Futebol, uma organização separada da FBF) e Alberto Lozada (ex-secretário executivo da FBF), chegou a vez de Jorge Salomón, presidente da ACF (Associação Cruzense de Futebol) prestar seu depoimento e ser detido na cidade de Sucre.
Além de integrar a comissão técnica da FBF, outro fator determinante para a convocação pelos fiscais de Pablo foi a sua proximidade com o principal acusado do esquema de corrupção, Carlos Chávez.
Salomón compareceu a Comissão de Fiscais por volta do meio dia e, após prestar todos os esclarecimentos solicitados, saiu do local preso pela FELCC (Forças Especiais de Luta Contra o Crime). E, pelas informações concedidas pelo fiscal responsável pelo caso, Iván Montellano, a investigação ainda deve estar longe de ser finalizada.
Pelo menos um nome já foi confirmado para ser ouvido pelas autoridades bolivianas, que é o do contador da FBF, Armando Canedo. Existe a possibilidade também de serem chamados ex-comandantes da entidade máxima do futebol local, como Mauricio Mendez e Fernando Humérez.
A situação tem tamanha profundidade que, segundo a imprensa boliviana, existe um contato da FIFA que vem pedindo seguidas informações sobre o caso a Conmebol, além de monitorar diretamente o rumo das investigações.