Mais experiente, Alemão desfruta chance no futebol espanhol

O desejo de viver do futebol, certamente, é uma força capaz de mover o sonho de milhares de jovens ao redor do globo. Entretanto, nem por isso o processo de adaptação a uma nova cultura, nas chances que podem aparecer muito cedo, é fácil ou ocorre logo de cara. E o atacante Alemão sabe muito bem disso.

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Se com 26 anos ele vive de maneira mais completa a experiência europeia com a camisa do Real Oviedo (Espanha), com apenas 18, o futebol japonês foi a sua realidade. Nesse sentido, pelo Kyoto Sanga, foram seis meses onde a língua e o contexto da experiência tornaram sua permanência por mais tempo algo inviável.

A razão e a emoção 

Os anos passaram e, antes da nova chance no exterior, o momento de realização dupla. Em primeiro lugar, se alçar a um grande clube do Brasil após o bom Gauchão de 2022 pelo Novo Hamburgo. Em segundo lugar, mas não menos importante, esse clube ser justamente aquele pelo qual o coração bate mais forte. No Internacional, os 14 gols e cinco assistências em 61 partidas só serviram para fortalecer os laços de quem, antes, só usava a camisa do Colorado nas arquibancadas.

Não por acaso, o emocionado discurso de despedida conteve as seguintes palavras:

“Venci muitas batalhas para chegar onde estou. E hoje, me sinto um profissional realizado. Agradeço primeiramente à Deus, por me honrar e me acompanhar em cada passo da minha vida. Agradeço ao clube, essa instituição que sempre me respeitou, a direção, equipe técnica, jogadores, e todos os departamentos e colaboradores que no dia a dia fazem um trabalho digno de toda honra e respeito. E em especial, agradeço a cada torcedor pelos abraços e apoio, e aos meus familiares e amigos que sempre estiveram comigo. Sigo rumo à novos desafios com o coração cheio de gratidão e com o mesmo profissionalismo de sempre. Inter, sempre estarei contigo, tu és minha paixão.”

No Oviedo, Alemão se vê em uma satisfatória evolução tática e, apesar da ascendência pertencente ao Leste Europeu (o sobrenome Zurawski é de origem polonesa), admite que países como a Espanha sempre foram prioridade. Entretanto, ciente da rotatividade do futebol, ele tampouco descarta.

Confira o bate-papo exclusivo do Futebol Latino com o atacante Alemão

Em que sentido você consegue enxergar uma evolução no seu futebol atuando na Espanha? Qual o aspecto mais importante dessa evolução?

No ano de 2018, a sua passagem no Japão acabou sendo de apenas seis meses. O que você colocaria como maior dificuldade daquela época? A cultura, ter saído muito novo do país?

Você tem usado algo da passagem anterior fora do país como referência para seu momento na Europa?

Por conta da sua ascendência vinda da Polônia, o Leste Europeu já foi destino o qual você cogitou com mais afinco?

Sobre o Internacional, ainda consegue acompanhar algo? Ou o fuso e a rotina acabam atrapalhando muito?