A mãe do jogador Santiago “Morro” García (30), Claudia Correa, voltou a criticar o atual presidente do Godoy Cruz, José Mansur, pelo suicídio de seu filho – o jogador foi encontrado morto em seu apartamento no início de fevereiro deste ano.
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Em entrevista à Rádio La Red, da Argentina, Claudia Correa não poupou críticas ao mandatário do último clube de seu filho. “Havia pessoas em Mendoza (cidade do Godoy Cruz) que eram muito grosseiras com ele. O presidente do Godoy Cruz tinha uma atitude muito mesquinha e foi o estopim para o espírito de Santiago. O que José Mansur fez foi humilhá-lo”.
“Mansur queria lhe dar férias no meio do torneio. Santiago teve que ameaçar dizer algumas coisas que o liberaria no fim de janeiro”, concluiu Claudia Correa, que confirmou que sabia do quadro de depressão que o atacante uruguaio enfrentava.
Não foi a primeira vez que a mãe de Morro García culpa o chefão do Godoy Cruz pela tragédia. Dias após a polícia encontrar o corpo do atacante, Claudia falou em entrevista coletiva: “Este senhor, que não se cansou de desprezá-lo e humilhá-lo, nunca me respondeu. Estou aqui porque todos os meus amigos e minha família me permitiram chegar em Mendoza para buscar o corpo do meu filho. E este senhor está passando suas férias, muito merecidas, mas que ao menos me desse condolências. Sou uruguaia, tenho educação são dadas condolências, sequer isso ele fez”.
Morro García tinha 30 anos e foi encontrado morto no início de fevereiro, dentro de seu apartamento enquanto cumpria isolamento por ter contraído Covid-19. Durante a carreira, o atacante sofreu com problemas extra-campo, como um positivo para doping de cocaína enquanto jogava no Uruguai e um período preso por uma briga durante um amistoso de pré-temporada.
No Brasil, o uruguaio jogou, sem muito brilho, pelo Athletico Paranaense. O Furacão contratou o atacante em 2011, junto ao Nacional-URU, porém Morro ficou apenas uma temporada no futebol brasileiro, onde disputou 16 jogos e marcou apenas dois gols.
