Com a responsabilidade de substituir um nome consolidado no futebol mundial como Filipe Luis, que saiu do Atlético de Madrid (Espanha) para desembarcar no Flamengo, Renan Lodi reconhece que os primeiros dias na Europa estiveram longe de serem fáceis.
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Em entrevista que deu ao portal Globo Esporte, o lateral-esquerdo Renan Lodi disse que a nova frustração por não ter sido liberado para a Seleção Brasileira Sub-23 também pelos madrilenhos (já tinha sido “vetado” pelo Athletico) além da expulsão logo na estreia como titular pelos Colchoneros enfrentando o Getafe foram situações que o deixaram bastante triste:
“Ele (Simeone) viu que eu estava bastante triste. Era a segunda convocação e eu não fui. Falei tudo que eu estava sentindo. E estava no começo da minha adaptação aqui. Aí juntou tudo, a saudade da minha família, a saudade dos amigos. Estava vivendo só eu e minha noiva aqui. Tem dias aqui que é difícil, ficamos bastante tristes aqui. Eu tenho 21 anos, minha noiva tem 20. A gente sente bastante. Então, abri meu coração para ele. Falei tudo que estava sentindo, falei que queria ir de qualquer jeito. Só que aí não liberaram, eu entendi, continuei trabalhando.”
“Estava bastante nervoso até o aquecimento. Depois que começou estava normal já. Teve um lance que fiz uma falta e tomei amarelo. Passou um minuto teve uma disputa aérea. Minha mão toca no rosto do jogador, mas todo mundo viu que não era para expulsão isso. E como ele já tinha expulsado um jogador do Getafe fazia cinco minutos falaram que ele quis compensar. O estádio todo não entendeu, no vestiário também. Isso passou, foi difícil. Essa primeira semana foi bastante complicada. Até nessa primeira semana eu falava com a minha noiva, Rafaela, ‘pô, vamos voltar para o Brasil, não estou aguentando mais. Vamos voltar lá para a minha casa'”, agregou.
Na mesma entrevista, o jogador de apenas 21 anos de idade convocado pela Seleção Brasileira para os amistosos contra Senegal (10 de outubro) e Nigéria (13 de outubro) comentou também uma rápida troca de mensagens que teve com Filipe Luis logo quando o atleta acertou seu retorno ao Brasil além do comportamento no dia a dia do enérgico técnico argentino Diego Simeone.
“Nossa. Ele é demais. Quando cheguei aqui estavam saindo as notícias dele ir para o Flamengo. Eu só pensei assim: ‘quero muito que esse cara fique, né, velho. Vai me ajudar muito nesses seis anos que tenho de contrato. Vai me ajudar muito. O cara já sabe muito de como funciona, como o treinador é.’ Aí falei: vou mandar mensagem para ele. Foi até pelo Instagram, depois que ele acertou com o Flamengo. Eu disse que queria muito que ele ficasse aqui, que ia me ajudar muito nessa adaptação. Disse que tenho um carinho muito grande por ele, porque ele é um dos ídolos que tenho também.”
“(Simeone) Fica batendo a bola no chão, uma mania dele. Quando chega no campo você está ligado 100%. Não tem como não entrar 100% ligado. Ele é perigoso mesmo (risos). Ele observa muito. Ele dá muita ênfase na parte defensiva. Uma coisa que está dentro dele já. E isso é muito importante para mim. Estou muito feliz que cheguei aqui de um jeito e já estou de outro jeito. Evoluí, sabe? Isso em dois meses e meio, três meses”, finalizou Renan Lodi.