Gênios costumam ter comportamentos, em via de regra, geniais. Fazendo parte desse seleto grupo há algum tempo, Lionel Messi sabe o que é ser gênio. Ou melhor, o que fazer para ser gênio, mesmo que seja apenas um dom divino, lapidado ao longo dos anos pelo trabalho incansável de quem quer vencer. Se valendo da genialidade ou não.
Leia mais: Confira onde os irmãos Romero podem continuar a carreira
Antes de enfrentar o Athletico, Peñarol se envolve em polêmica no Campeonato Uruguaio
No último fim de semana, Messi mostrou, novamente, sua face humana. Foi substituído por Pochettino, não gostou. Não concordou. Acima de qualquer suspeita, no combo de sentimentos, demonstrou com a expressão que rodou o mundo. Quase um muxoxo. Se fosse em terras brasileiras, poderia até ter vindo acompanhado de um:
“Não tô te entendendo, professor!”
E está tudo bem! Assim como jogadores mais “terrenos” que não cumprimentam, se irritam e vão em frente, Messi também o faz. E fazer, não apenas gols, é algo que Messi tem se permitido bastante, pelo menos, desde a Copa do Mundo de 2018.
Vibrar com vontade ímpar. Chorar copiosamente. Abandonar a seleção argentina. Voltar a seleção argentina. Ser expulso após uma confusão dentro de campo. Reclamar da Conmebol. Provocar um adversário em cobranças de pênalti. Sair do Barcelona. No intervalo em questão, Messi esteve em todos esses episódios.
Agora, Messi se vê em caráter de pressão. Não que pressão seja algo alheio a ele. É natural. Dele se espera mais mesmo quando os arredores lhe devolvem de menos. Ainda mais quando os arredores atuais prometem muito mesmo em pouco tempo. Ele quer brilhar na companhia estrelada. Se mal administrada, a vontade de ganhar acaba aumentando a chance de errar. Dentro ou fora das quatro linhas.
Quem espera somente genialidade dos gênios, certamente estranha. Quem prefere uma maior humanização deles, agradece. E, para quem gosta de um bom e velho “plot twist” na história de vida do até então “gênio acanhado” Messi, comemora.
