Libertadores, em mais um ano, vem sendo “dominada” por brasileiros

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Foto: Divulgação/Conmebol

*Por Agência Conversion

Com a definição das quartas de final da Libertadores, pela primeira vez na história, teremos representantes de apenas dois países nesta fase da competição: três argentinos (Estudiantes, Vélez Sarsfield e Talleres) e cinco brasileiros: Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG, Athletico-PR e Flamengo. Porém, o número superior de clubes do Brasil nas quartas não é uma novidade.

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Em 2021, os brasileiros já haviam batido o recorde de participantes nessa etapa do torneio (cinco), com Fluminense, São Paulo, Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras. Em 2022, até houve a oportunidade de atingir uma nova marca, mas o Fortaleza não conseguiu avançar após empatar com o Estudiantes em 1 a 1 na ida e perder por 3 a 0, fora de casa, no jogo de volta.

Para quem acompanha a Libertadores desde sempre, pode ser estranho ver a supremacia brasileira no torneio que, além de ter sido dominada pelos argentinos por um bom tempo, sempre contou com a participação de vários países da América Latina no mata-mata.

Em 2016, por exemplo, último ano em que o vencedor da competição não foi um brasileiro e nem um argentino, as quartas de final era composta pelos argentinos Rosario Central e Boca Juniors, o mexicano Pumas, o equatoriano Independiente del Valle, os brazucas Atlético-MG e São Paulo, o uruguaio Nacional e o colombiano Atlético Nacional, equipe que se sagrou campeã. Um chaveamento com esses integrantes é quase inimaginável pros dias de hoje.

A superioridade numérica do Brasil tem duas principais explicações. Primeiramente, o número de vagas para disputar o torneio. Hoje, o número de times brasileiros que podem ter acesso à Libertadores é nove. Apenas para efeito de comparação, a Argentina tem seis vagas garantidas e os outros países sul-americanos, apenas quatro. É menos da metade oferecida ao nosso país.

Além disso, há o fator financeiro também. Hoje, o Brasil abriga os clubes mais ricos do continente, o que influencia diretamente na qualidade do elenco e estrutura de treinamento. A Conmebol certamente não acha ruim ter seu principal torneio recheado de times que acabam valorizando economicamente o produto.

O fato é que os torcedores têm reclamado dessa disparidade na competição, até mesmo os brasileiros. Uma sugestão muito lembrada nas redes sociais para mudar essa situação é trazer de volta os times mexicanos para participar da Libertadores, algo que não ocorre desde 2016.

Para quem não vê problemas na quantidade de brasileiros disputando as fases de mata mata do torneio, a boa notícia é que, como os adversários são apenas times do Brasil e da Argentina, ninguém precisará se preocupar com a temida altitude nas quartas de final. Então, não será necessário se preparar com ferramentas, como inaladores ou um purificador de ambiente, para respirar o mais próximo possível da nossa realidade corriqueira.

Seja uma final brasileira, argentina, ou com integrantes dos dois países, ela será disputada em partida única. A decisão acontecerá em 29 de outubro, no estádio Monumental Isidro Romero, em Guayaquil, no Equador.

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