O caso da arbitragem terrível protagonizada entre Independiente del Valle e Emelec, onde o clube de Guaiaquil acabou muito prejudicado no revés por 1 a 0, levantou uma questão no Equador que também assola terras brasileiras: A baixa qualidade dos árbitros.
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Assim como nas partidas de Brasileirão e Copa do Brasil onde os homens de preto (por vezes amarelo, vermelho ou outra cor) acabam sendo protagonistas de maneira negativa, os equatorianos vem se deparando cada vez mais com erros grosseiros dos juízes, algo que inclusive gerou um comentário convicto do técnico Luigi Pescarolo Ycaza.
O mesmo se formou recentemente na Escola de Técnicos da Associação de Futebol Argentino (AFA) e é figura muito conhecida na mídia esportiva equatoriana, principalmente na região de Guaiaquil.
Questionado sobre uma possível “perseguição” ao Emelec, Ycaza descartou pelo seguinte fator: “Para mim, o problema passa pela impunidade”.
Luigi ainda foi além, acrescentando que a “amizade” existente entre assessores que ministram e fiscalizam os árbitros do país impedem que os mesmos, quando erram, sejam punidos, ressaltando o fato de que houve recentemente um curso para aprimoramento que contou com a presença de instrutores da FIFA na região portuária do Equador de Esmeraldas:
“Até aí tudo perfeito. Mas o quê pegou mal? Que, junto com os árbitros, receberam o mesmo curso, as mesmas aulas e ao mesmo tempo, os assessores dos juízes. Quem qualifica os juízes estiveram com eles, dormiram sob o mesmo teto que eles e permaneceram juntos.”
“O problema é que os juízes se equivocam e não tem sanção porque quem os qualifica são amigos deles e estão constantemente juntos. Essa impunidade que faz com que os erros sejam contínuos. Quando os juízes erram merecem uma punição, está estipulado no regulamento”, finalizou Ycaza.