Desde que a possibilidade se abriu pela primeira vez, sempre houve muita expectativa para que o promissor atacante venezuelano com nacionalidade espanhola Alejandro Marqués (ex-Barcelona e hoje na Juventus) defendesse a Vinotinto.
Leia mais: Lucho González relembra o dia que Eduardo Coudet atirou na torcida do Boca Juniors
Manágua e Real Estelí decidem o título na Nicarágua
Contudo, até o momento, sempre houve a impressão de que o atleta não colocava a opção como sua prioridade diante do que aconteceu, por exemplo, no Sul-Americano Sub-20 de 2019. Apesar das críticas que, posteriormente, chegaram a ser feitas de maneira pública pelo pai do atleta, José Marqués.
Dessa vez, quem resolveu falar foi o próprio atleta atualmente com 19 anos de idade ao portal F5 Fútbol apontando que jamais se negaria a defender a seleção do país que nasceu. Todavia, fez a sua “defesa” das condições em que os chamados anteriores aconteceram, pontuando que seriam muito prejudiciais a sua continuidade, na época, no Barça. Na época, Rafael Dudamel era o treinador das categorias de base:
“Em nenhum momento eu e meu entorno manifestamos negativa alguma para vestir a camiseta da seleção, pelo contrário, formar parte de uma seleção nacional é motivo de profundo orgulho e estamos desejosos disso. O que é inaceitável é que uma federação ou um técnico faça exigências absurdas, sem importar as consequências que as suas exigências possam ter no futuro e na carreira dos jogadores. É absurdo e egoísta que te pressionem para ir ao Paraguai pra só jogar amistosos e que, com eles, você perca a oportunidade de estrear como profissional tendo só 17 anos na segunda divisão do futebol espanhol com o Barcelona (B).”
O jogador chegou a dizer, inclusive, que houve desencontro nas informações passadas sobre a duração do período de treinos anterior ao Sul-Americano do último ano. Enquanto inicialmente o planejamento previa sua ausência do clube catalão por uma semana, o segundo cenário pontuou que ele teria de ficar distante por dois meses, período equivalente “a 70% de toda a temporada 2018/2019”.
A Federação Venezuelana de Futebol (FVF) também foi alvo de críticas do jovem jogador. Segundo ele, além da busca de ser “desacreditado” por não aceitar as condições relatadas, a entidade lhe deve uma quantia por participação nos Jogos Centro-Americanos e do Caribe quando defendeu a seleção sub-15 da Vinotinto ainda em 2015.
Alejandro encerrou alegando que segue aberto a possibilidade de defender a seleção da Venezuela desde que as condições apresentadas também lhe sejam minimamente favoráveis:
“Eu sempre estarei disposto a representar a Venezuela. Só desejo que os contatos futuros, sejam vindos da parte de José Peseiro ou de outros técnicos que possivelmente o substituam, não sejam tão autoritários e tão absurdos como os que me fizeram para a Sub-20 porque, desafortunadamente, para todos se repetiria a mesma história.”