Em programa de televisão, José Silvério nega aposentadoria e fala sobre futuro

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Foto: Thiago Carvalho/Comunique-se

*Por Mariana Pereira – Colaboradora do Futebol Latino

“Não penso em parar e minha renovação com a Rádio Bandeirantes está encaminhada”. A frase dita pelo radialista José Silvério ao apresentador Benjamin Back em seu programa “Aqui com Benja!” – que vai ao ar na Fox Sports no próximo sábado (2) – soa como um alívio para os amantes do rádio.

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Dias atrás a mídia veiculou uma possível aposentadoria do Pai do Gol e deixou milhares de fãs órfãos por um momento. Como assim uma lenda do nosso futebol e da história do rádio simplesmente iria parar? Não íamos mais ouvir “afaaaasta a defesa”, “me chuta, me chuta”, deeeefendeu o goleiro”? E como viver sem o seu grito de gol que é capaz de nos levar muitas vezes às lágrimas? Pois bem, essas e muitas outras perguntas surgiram com o anúncio.

O choque da própria imprensa dava a dimensão de que estaríamos perto de perder um ícone, a estrela maior de uma narração, e o que hoje já é difícil – prender ouvintes em uma transmissão de futebol com tantos planos de televisão que nos permitem assistir ao vivo – poderia se tornar quase que impossível. Afinal, são mais de 50 anos de carreira e uma multidão de fiéis.

José Silvério de Andrade chegou ao seus 70 anos de idade colecionando prêmios de melhor radialista e deixando em mais de 20 modalidades esportivas sua voz marcante. Ficou por 25 anos atrás dos microfones da Rádio Jovem Pan e desde 2000 faz a alegria dos ouvintes da Rádio Bandeirantes.

Espectador – e também locutor – de muitos momentos importantes do nosso futebol, Silvério elencou no papo com Benjamin Back os gols e os lances mais importantes que ele já narrou em sua carreira. Foram eles: o gol de Basílio em cima da Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista de 1977, que encerrou o jejum de títulos do Corinthians que durou mais de 22 anos; o pênalti convertido por Evair na goleada contra o Corinthians pela final do Paulistão de 1993 que deu um título ao Palmeiras após 16 anos na fila; e o chapéu de Alex em cima de Rogério Ceni, pela primeira fase da Liga Rio-São Paulo, em partida ganha pelo Verdão por 4 a 2 em pleno Morumbi.

Mas esses foram apenas alguns que o próprio narrador citou. Entre glórias e dramas, Silvério estava presente na Copa do Mundo de 2002, conquistada pelo Brasil, e também no 7 a 1 que a equipe então comandada por Felipão sofreu da Alemanha em terras canarinhas.

Independentemente da situação, a maestria de quem conhece um microfone como ninguém segue nos alegrando seja no carro, no estádio, em casa ou em qualquer outro lugar. Silvério permanecerá guiando nossa imaginação por pelo menos até quando ele quiser.

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