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José Calil opina: “Eduardo Coudet é uma grande decepção”

Foto: Aton

Nunca vi com olhos muito otimistas o grande esforço que o Internacional fez para contratar Chacho Coudet. Foi necessário esperar um tempão, gastar com Zé Ricardo, que já chegou saindo, e contratar vários jogadores fracos. Musto é o maior exemplo. Deu em nada.

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Alguém dirá: mas ele deixou o time na liderança do Campeonato Brasileiro …
É uma meia verdade. Assim que São Paulo e Atlético cumprirem seus jogos atrasados essa liderança irá por água abaixo. Fato é que o Internacional fracassou no Campeonato Gaúcho, perdeu vários Grenais e conseguiu se classificar na Libertadores com as calças nas mãos.

O futebol apresentado jamais foi aquilo que se imaginou. Quem esperava momentos como os que Sampaoli viveu no Santos e Jesus no Flamengo com toda certeza se decepcionou. A insistência com algumas escalações equivocadas também chegou a irritar.

Mas o pior de tudo veio na hora da saída. Não se larga um trabalho desse jeito. A grande maioria das pessoas acha que a relação entre clubes e treinadores é como em qualquer outra profissão, não está satisfeito, paga a multa e vai embora. Não concordo. Técnico de futebol é diferente. Ele dispensa, contrata, monta e desmonta a comissão técnica, mexe até na estrutura física. Não pode jogar tudo para o alto dessa forma.

É verdade que o imediatismo e a bagunça reinantes no futebol brasileiro interferiram na decisão de Coudet. O clube está em ano político, o diretor que o trouxe foi posto para fora, o executivo de futebol mais atrapalhou do que ajudou, o calendário muda toda hora. Mas nada disso justifica o abandono do cargo. Mesmo porque essas são situações bem conhecidas. Se não queria passar por isso que não viesse.

Que os dirigentes do Internacional tenham agora mais sabedoria para a próxima escolha.

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