A fase da seleção do Equador é passível de definição como estando em um estado de graça, algo que todos conseguem perceber pela campanha perfeita até aqui nas Eliminatórias.
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Mas o que muitas pessoas ainda não sabem é que, em função dos triunfos recentes, a lembrança de rejeição ao atual treinador da equipe, Gustavo Quinteros, por parte da imprensa e até mesmo da Federação Equatoriana de Futebol (FEF) foi resgatada por um jornalista local em sua coluna postada nessa quinta-feira (19) no site do periódico El Universo.
Com o sugestivo título “Agora todos são ‘Quinteristas’, o profissional de imprensa Ricardo Vasconcellos R., como não poderia ser diferente, iniciou seu texto rasgando elogios ao estilo de jogo e a maneira como Quinteros vem conduzindo La Tri nas Eliminatórias, aproveitando para fazer uma “crítica velada” a FEF:
“O que mais ressalta nessa equipe de Quinteros é a sua personalidade e sua coesão. O duelo contra a Argentina de visitante não é somente histórico pelo resultado. É também a melhor partida jogada por uma seleção nacional (equatoriana) em todas as competências internacionais. Presumimos que os comensais da FEF já estão comprando roupa nova para o verão moscovita e inventando histórias como uma mudança documental de três passagens para o “jornalista” e dois parentes próximos. Depois de um ano e meio de conclusão da Copa do Mundo 2014 não há o menor sinal do documento firmado. Vamos nos aprofundar nesse tema em breve como uma homenagem a ética jornalística.”
Entretanto, Ricardo faz questão de lembrar que nem de longe o atual técnico do selecionado equatoriano era unanimidade dentro da Federação, que tinha planos totalmente diferentes para a Tricolor após a saída do colombiano Reinaldo Rueda:
“Hoje que o jornalismo adepto a FEF se desfaz em louvores ao ‘acerto diretivo em contratar Quinteros’, vale recordar que o atual treinador da Tri jamais gozou de simpatia internamente na Federação. Logo depois do deplorável resultado técnico e moral no Brasil em 2014, o presidente da FEF, Luis Chiriboga, anunciou sua intenção de contratar (Edgardo) Bauza para substituir o colombiano Reinaldo Rueda.”
Ricardo acrescentou que, de acordo com declarações de outra figura da Ecuafútbol, Quinteros também não era uma das primeiras opções:
“Diante do obstáculo (contratar Bauza) o segundo no comando da FEF, Carlos Villacís, disse que se não fosse Bauza seria (Jorge) Fossatti e Rubén Insúa. O primeiro tinha contrato vigente no Catar e Insúa foi descartado prontamente. Foi então que se pensou em Quinteros.”
O jornalista ainda foi além, afirmando que nem mesmo ter feito uma excelente passagem pelo Emelec e estar credenciado a dirigir a seleção do Equador foi suficiente para que, após a eliminação na Copa América, sua primeira competição oficial a frente da equipe, Gustavo Quinteros estivesse seguro em seu cargo:
“Diante do fracasso de todos os prediletos da FEF, por fim se ofereceu o cargo a Quinteros, mas tudo parecia ser condicional. Quando o Equador caiu diante de Chile e Bolívia na Copa América 2015, a FEF quis se desfazer do técnico argentino-boliviano. O site Infobae revelou em 18 de junho deste ano que os dirigentes da FEF foram buscar Bauza para ser o substituto depois desses dois resultados. Em Lima, no mesmo dia, o diário El Bocón garantiu que um dia antes houveram contatos de dirigentes da Federação com o colombiano Luis Fernando Suárez, treinador do Universitario, para que ele voltasse a Tricolor.”
