*Redação FL
Revelado pelo Santo André, o meia Cauê fez toda sua história atuando pelo futebol europeu. Após sete anos jogando fora do Brasil, o atleta acumula várias histórias dos tempos que jogou por Leixões e Olhanense, em Portugal, Neftchi Baku, no Azerbaijão, e Hapoel Tel-Aviv, em Israel.
Mas uma das principais histórias deste período aconteceu na Romênia, onde Cauê atuou pelo Vaslui entre 2012 e 2013. Em entrevista concedida ao programa Opinião RDG, da Rádio RDG Esportes, o atleta brasileiro revelou que o dono do clube participava diretamente de tudo que acontecia na equipe, inclusive dos treinamentos realizados diariamente.
“Tem uma situação muito interessante que aconteceu na Romênia. No Vaslui eu sempre andava com o Varela, que é caboverdiano, e o Jumisse, que é moçambicano. Nós chegamos ganhando mais que os romenos e a pressão em cima da gente era absurda. Teve uma vez que fomos realizar pré-temporada na Áustria e durante os treinos o dono do clube vestia o uniforme igual os jogadores e ia para trás do gol onde ficava sentado na cadeira. Quando nós erravamos uma finalização, ele ficava bravo gritando que era uma absurdo errar um chute daqueles, que não era para isso que ele tinha nos contratado e estava pagando um salário tão alto. E isso acabava afetando um pouco ali na continuidade do treino, porque a gente ficava com medo de errar novamente (risos)”, disse Cauê, que revelou mais histórias do dirigente.
“Ele era muito louco, ia para sauna com a gente, participava do bobinho antes do treino. Ele era uma verdadeira lenda no clube. Tinha vezes durante o bobinho, que eu dava uns carrinhos nele para descontar um pouco da raiva, daí ele chegava em mim e dizia para dar uma segurada e fazer aquilo só no jogo. Ele era uma figura”, disse Cauê, causando risos em todos que participavam do programa.
Atualmente jogando no Omyia Ardija, do Japão, Cauê também falou sobre a adaptação ao futebol asiático. O meia elogiou a postura do povo japonês e ressaltou que espera ajudar o clube a permanecer na J-League.
“Já estou em uma fase mais madura da minha vida, então para se adapatar é mais tranquilo no que se refere ao método aplicado no futebol. Cheguei faz apenas uma semana, então com relação a parte pessoal ainda não deu tempo para ter uma noção maior. Mas aqui é tudo organizado, seja no trânsito, no metrô. É um povo muito carinhoso, que respeita demais todas as pessoas independente da sua nacionalidade. Dentro de campo o objetivo é ajudar o Ardija a permanecer na primeira divisão, já que o presidente está investindo para alcançar este objetivo”, concluiu o bem-humorado Cauê.