O técnico brasileiro André Jardine, 44, confirmou na noite do último sábado o bom início de temporada pelo América, gigante mexicano que contratou o brasileiro campeão olímpico pela Seleção em 2021 para o cargo: vitória por 4 a 0 sobre o arquirrival Chivas Guadalajara, no principal clássico do país, que rendeu ao clube uma confortável posição na tabela da Liga MX. Agora, o América pode se tornar líder já nesta quarta-feira.
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Atualmente, o América ocupa a 3ª posição do campeonato nacional, com 14 pontos e um jogo a menos do que as demais equipes. O time de André Jardine visitará o Querétaro na próxima quarta-feira. Se vencer, será o novo líder da tabela – posição atualmente ocupada pelo Atlético de San Luis, clube treinado por Jardine nos últimos três torneios e agora comandado por seu ex-auxiliar, o também brasileiro Gustavo Leal, que teve um início avassalador na temporada.
“Sou um treinador que trabalha o clássico como um jogo especial, como um título à parte, um dia em que se tem que dar a vida e se entregar de corpo e alma. Tenho a felicidade de ter bons números em clássicos. Que lindo começar no América tendo esse resultado, num dia em que o país para para assistir ao jogo, num clássico como esse e diante da nossa torcida. Os jogadores entenderam como abordamos esse jogo e as coisas aconteceram da forma como queríamos. Esse é o caminho que queremos seguir”, afirmou Jardine – o clássico nacional teve caráter ainda mais especial porque foi realizado na data em que se celebra o Dia da Independência do México, em 16 de setembro.
“Somos muito conscientes do trabalho que fazemos. Uma vitória como essa nos dá confiança, é o que queremos, mas o trabalho não muda. Os jogadores estão entendendo o trabalho e evoluindo. É preciso entender que quando começamos um trabalho e fazemos algumas mudanças é possível que tenhamos uma pequena queda de rendimento, mas que será transformada em algo maior daqui a algumas semanas. E acho que isso está acontecendo. Hoje somos mais fortes, este é o América que queremos”, acrescenta Jardine.
Na partida, Jardine ainda viveu a situação peculiar de comandar o time à beira do campo dias após uma cirurgia para apendicite. Na entrevista coletiva após a partida, questionado sobre o tema, o brasileiro brincou sobre o fato:
“Não me imaginava fora de um jogo como esse por nada. Mesmo se estivesse doendo, eu estaria aqui com 100% de certeza. Não poderia estar ausente de forma alguma, porque, como falamos, é o jogo que o país pararia para assistir. Aproveito a oportunidade para agradecer ao corpo médico do América por tudo, pela forma como me ajudaram, foi algo incrível”, afirmou.