James Rodríguez: aposta frustrada ou ‘mais sorte que juízo’?

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Foto: Wagner Meier/Getty Images

Na última quarta-feira (7), uma das informações que mais repercutiram no futebol brasileiro foi o pedido de rescisão por parte de James Rodríguez no São Paulo. Algo que, consequentemente, gera uma série de questionamentos sobre a passagem do jogador no clube paulista.

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Entretanto, a intenção aqui não é se ater aos fatos ocorridos dentro da trajetória, pois esses conduzem para versões distintas.

Do lado do clube, tanto Dorival Junior como Thiago Carpini falaram em tom de questões físicas que atrapalhavam uma possível continuidade do badalado reforço colombiano. Por outro lado, James falava a pessoas próximas que não tinha nada nesse sentido e não escondia o incômodo em sequer ser acionado em confrontos decisivos. Chegando, inclusive, a cancelar um suposto jantar de comemoração por vaga na final da Copa do Brasil ao permanecer no banco de reservas contra o Corinthians. As informações em questão foram recentemente veiculadas pelo ge.

Desse modo, o natural questionamento gerado na situação é o seguinte: teria sido a vinda do ex-Porto, Real Madrid e Bayern de Munique uma aposta frustrada ou o famoso caso do ‘mais sorte do que juízo’?

Arriscaram sem poder ou apenas não deu certo?

Se os elementos apontarem para a primeira opção, sem problema algum. Afinal, um nome da envergadura de James Rodríguez denotava a chance de retorno não apenas técnico como também mercadológico. Podendo, em ambos os lados, apresentar grandes possibilidades para o clube potencializar suas receitas. Tudo iso converge para se acreditar que, havendo a real crença de que o o negócio era viável em todos os aspectos, tinha mesmo que ser feita a aposta.

Contudo, a grande questão está na segunda alternativa. Isso porque estamos falando de um atleta com alto custo e em um clube com problemas financeiros notórios. Para não falar da desastrosa elaboração financeira nos termos da vinda, por exemplo, de Daniel Alves, podemos mencionar algo muito mais recente como os esforços para a volta de Lucas. Sendo que a diferença na oficialização do acordo de ambos foi de apenas três dias, apontando para negociações que notoriamente ocorriam em caráter paralelo.

Desse modo, a expressão ‘mais sorte do que juízo’ entraria justamente no fato da decisão de James pela rescisão amigável e a natural diminuição de custos já no médio prazo. Algo que, dentro do que estava inicialmente elaborado, não aconteceria, pelo menos, até 2025.

É difícil apontar unicamente para uma das direções e dar um veredito. Podendo, aliás, ter transitado entre os dois lados da questão desde as primeiras conversas até o atleta iniciar os trabalhos no clube. Porém, o que se pode dizer é que, atualmente, o fim da relação soa como a melhor solução para ambos. Bom para James Rodríguez e bom pro São Paulo.

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