*Alex Dias de Souza
O fim do Futebol Para Todos, o programa criado pelo governo Kirchner para financiar a transmissão gratuita do campeonato para todos os cantos do país, segue sendo objeto de discussão e ainda tira o sono dos dirigentes do futebol argentino.
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Isso porque, os clubes argumentam que sem a entrada do dinheiro dos direitos de transmissão das partidas, não podem financiar suas atividades e, como consequência, a realização do campeonato segue ameaçada.
Por esse motivo, os presidentes Rodolfo D’Onofrio (River Plate), Hugo Moyano (Independiente), Marcelo Tinelli (San Lorenzo), Víctor Blanco (Racing), Alejandro Nadur (Huracán), Daniel Angelici (Boca Juniors), Nicolás Russo (Lanús) e Claudio Tapia (Barracas Central) chegaram a pedir um ressarcimento econômico ao Governo, algo que já foi negado oficialmente.
Além da confirmação de que o governo não vai pagar a indenização exigida pelos clubes, foi revelada nos últimos dias na Argentina, uma oferta da ESPN, que tem uma proposta, na qual pagaria 4 milhões de pesos pelo direito de transmitir os campeonatos da primeira e da segunda divisão do futebol argentino.
Mesmo assim, os clubes não chegaram a um acordo com nenhuma emissora e a poucas semanas do início do campeonato, a situação segue indefinida.
A postura do Governo é tão firme, que as palavras do presidente da Argentina Fernando Macri deixou bem clara a ameaça de paralisação do futebol no país.
“Os meses passam e ainda estão por aí dando muitas voltas, sem aprovar a emenda que foi pedida pela FIFA. Eu não sei como isso vai acabar”, afirmou o presidente.