Hoje na Argentina, Montillo abre o jogo com o Futebol Latino

Foto: Divulgação

Em 2010, o Cruzeiro anunciou a contratação de Walter Montillo. O jogador que brilhava na Universidad de Chile, não era conhecido no futebol brasileiro, mas em pouco tempo se transformou em um dos destaques do time Celeste.

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Após três anos de Minas Gerais, Montillo aceitou o desafio de jogar no Santos, mas não vingou. Desde então, o atleta acumulou passagens pelo futebol chinês, Botafogo, encerrou a carreira, voltou atrás e atualmente veste a camisa do Tigre, da Argentina.

Aos 34 anos, o jogador voltou a atuar com destaque em sua terra natal e conversou com o Futebol Latino sobre o momento da carreira. Além disso, o meio-campista fez um balanço da carreira e não fugiu de questões polêmicas. Confira abaixo o bate-papo:

Futebol Latino: Como foi o seu início no futebol (Time da base até chegar ao profissional)?

Montillo: Eu sempre joguei bola de pequeno, mas nunca tinha jogado em um time conhecido. Cheguei ao San Lorenzo com 16 anos e fui aprovado no teste. Dois anos depois consegui uma vaga no profissional e iniciei a minha trajetória.

FL: Qual a importância da Universidad de Chile na carreira?

WM: Foi e é um time muito importante na minha vida, aconteceram várias coisas boas por lá e guardo o clube no meu coração.

FL: Se arrepende de ter trocado o Cruzeiro pelo Santos? Você voltaria a jogar em um desses dois clubes? O Seu desempenho com a camisa do Santos foi considerado abaixo da média pela torcida e crítica. Concorda com isso ou acredita que teve um bom papel no time da Vila Belmiro?

WM: Não me arrependo de nada do que eu fiz, e nesse momento eu acho que era o momento justo de sair, lembro que nessa época o cruzeiro precisava muito de uma de jogador para poder montar um bom time. Além de ter a possibilidade de jogar com o Neymar. E voltar agora é difícil, por uma causa de estrutura familiar. Já tinha falado quando sai do Botafogo que se voltasse para o Brasil a prioridade seria ali, mas meu filho mais novo necessita estudar em espanhol. Infelizmente não foi o desempenho que eu esperava, porém, mesmo assim eles não perderam dinheiro comigo, recuperaram com a venda para China então fico tranquilo com isso.

FL: A passagem pelo Botafogo foi a maior frustração da carreira? A diretoria tentou algum contato para você retomar a carreira?

WM: Eu acho que foi sim porque nunca consegui mostrar meu futebol devido as lesões, uma pena que o Departamento Médico não conseguiu me deixar em condições de jogo quase nunca. Agora eu estou novamente em plenitude e feliz com o presente. Eu não sei se eles falaram com o meu procurador

FL: Como aconteceu essa questão de encerrar a carreira e agora voltar jogando um futebol que te destacou pelo mundo?

WM: A cabeça manda sempre e no momento eu sofri muito por não poder ajudar ao time. Eu achei que era o melhor para o clube não ter que pagar o salário e precisava me afastar um pouco. Após seis meses eu me preparei para voltar e conheci quem eu acho o melhor fisioterapeuta do mundo, o Maxi Levo, que trabalha aqui no Tigre e me ajuda a não sofrer lesões.

FL: Qual a diferença de nível técnico entre a Superliga Argentina e o Campeonato Brasileiro?

WM: Acho que na Argentina a marcação é um pouco mais pegada. O jogador não tem tanto espaço para jogar. Já o brasileiro puxa mais o lado técnico.

FL: Apesar de você encerrar o ano bem, o Tigre ainda não venceu em 2019 e a diretoria optou pela troca de técnico. Qual seria o modelo ideal de comandante para a equipe recuperar o bom futebol?

WM: O treinador decidiu sair, mas o Tigre tem muitos anos que está ali na parte baixa da classificação. Chegamos ao clube para tentar tirar dessa zona, está difícil, mas vamos continuar tentando. Eu tô me sentindo bem graças a Deus. Tomara consiga ajudar ao time nessa fase.

FL: Poderia nos contar algum momento engraçado que passou em vestiário?

WM: Existem inúmeros momentos que poderia contar, mas nada se compara a ficar três anos na China e não entender absolutamente nada do que os companheiros e comissão técnica falavam.

FL: você é um dos líderes de assistências no argentino e tem jogado um futebol de muita qualidade. Como está sua parte física e quais planos para carreira?

WM: Estou feliz porque me lembro de treinar sozinho durante muito tempo e foi um sofrimento gigantesco. Me apeguei a família, coloquei a cabeça no lugar e hoje posso atuar sem problemas. No momento, a única meta é evitar que o Tigre seja rebaixado.

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