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Hoje médico, ex-jogador da MLS faz relato sobre combate ao Covid-19

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Foto: Divulgação/Real Salt Lake

Se dentro de campo o então zagueiro ganês naturalizado norte-americano Robbie Russell se acostumou a proteger a meta das equipes que defendeu na carreira (Duke Blue Devils, Breidablik – Islândia, Sogndal e Rosemborg, ambos da Noruega, Viborg – Dinamarca, Real Salt Lake e DC United) , atualmente o médico residente Dr. Robbie Russell lida diariamente para defender a população de um oponente letal: o novo coronavírus.

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Logo no seu primeiro ano de residência no hospital da Universidade da Virginia, Robbie se deparou com uma pandemia onde a área médica precisa estar atenta a todas as modificações de cenário e situações um tanto quanto inusitadas que podem viver no exercício da profissão. E foi justamente nessa linha de raciocínio que ele fez seu relato durante palavras ditas ao programa de rádio ExtraTime e publicadas no site oficial da Major League Soccer (MLS):

“Isso definitivamente vai ser parte importante da nossa experiência em termos de estar no primeiro ano como médico. Nós seremos a geração de médicos que tiveram a oportunidade de viver esse tipo de coisa. E isso acaba naturalmente afetando o nosso treinamento na questão das adaptações. É um processo de adaptação. Me ajuda a minha vivência como atleta, você está acostumado a se adaptar. Você não sabe o que o dia vai te trazer e ajuda ter esse tipo de força e ter esse recurso na manga porque ajuda a te manter de pé.”

Apesar de ressaltar a importância do aspecto da força mental, ele reconhece que existem vários momentos onde a saudade dos familiares é algo que bate mais forte. Além disso, ele sabe que superar a pandemia o tornará um profissional (e até mesmo uma pessoa) melhor. Porém, preferiria não ter de viver essa realidade:



“Nem sempre é algo gratificante. Sinto saudade dos meus filhos, da minha esposa. Mas também odiaria colocar eles em risco… No fim, acho que isso vai ser um sinal. Daqui a seis meses ou um ano, pensaremos algo como ‘Olha só, nós superamos isso’. Mas eu preferia não ter de viver isso, estar em meio a algo que é muito maior do que todos nós.”

Mesmo dentro da área médica e convivendo em caráter diário com o novo coronavírus, Robbie pontua que as informações ainda são poucas para fazer qualquer tipo de análise com a precisão necessária para definir em quanto tempo será possível conter a pandemia.

“Pessoalmente, há muita coisa desconhecida. Você não saber como vai ser daqui a um mês, dois, três, no fim de tudo isso? Todo mundo está tendo de lidar com isso. Todos estão lutando contra isso. E para mim, pessoalmente, mesmo sendo alguém da saúde, não significa que eu tenha uma bola de cristal ou a capacidade de prever as coisas. Você apenas confia nas informações que você tem”, concluiu.

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