Há exatamente dez anos atrás, mencionar o nome de Diego Simeone para um torcedor do Atlético de Madrid era saber que existia uma gratidão pelos feitos do argentino como atleta e, em adendo, a expectativa por um bom trabalho no cargo de treinador que se iniciava no dia 23 de dezembro de 2011.
Leia mais: Compra de Borja pelo Junior Barranquilla é dada como concluída
Novo técnico da seleção do Uruguai testa positivo para Covid-19
Todavia, o que muitos não esperavam era que a trajetória de Cholo no banco de reservas dos Colchoneros se tornaria muito mais do que o retorno de uma figura importante, mas sim uma verdadeira dinastia de sucesso. Dinastia essa que combina com a simbiose criada entre ele e o torcedor que, se valendo de um estilo de aplicação tática e física ao extremo, foi capaz de levar a equipe a duas finais de Liga dos Campeões da Europa.
Além das decisões continentais onde acabou derrotado em ambas pelo arquirrival Real Madrid, Simeone também obteve outros feitos de cunho memorável como, por exemplo, os oito títulos levantados nos últimos dez anos. Foram duas edições de LaLiga, uma Copa do Rei, uma Supercopa da Espanha, duas vezes a Liga Europa, em duas oportunidades a Supercopa da UEFA.
E não só de filosofia de jogo e títulos vive a história do treinador argentino no Atleti. Afinal, os números construídos ao longo do tempo são essenciais para que seu nome fique cada vez mais cravado na história. História essa caracterizada por 552 partidas com o aproveitamento de 327 vitórias (o técnico mais vencedor no comando do Atletico de Madrid), 127 resultados de igualdade e 98 derrotas.
Diante destas evidências, não é difícil imaginar que o clube visto somente como uma equipe mediana no cenário nacional espanhol até o início da década de 2010 se tornou uma das potências europeias constantemente observadas. Fruto do trabalho tão árduo quanto competente de Simeone e seus comandados desde aquele fatídico 23 de dezembro de 2011.