*Por Mônica Alvernaz
Falar de Jorge Valdivia e não relacioná-lo ao Palmeiras é tarefa quase impossível. Mesmo hoje vestindo as cores do Colo-Colo, clube que o revelou profissionalmente para o futebol, o chileno é uma das figuras marcantes na história do clube alviverde.
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Quando chegou ao Palmeiras em 2006, Valdivia atuava no Colo-Colo. Na ocasião, o chileno ficou por três temporadas no clube paulista, por onde viveu grande fase e momentos.
O ano de 2008 foi o ápice de Valdivia com a camisa do Palmeiras. O bom desempenho em clássicos marcou a passagem do atacante na época. Foi neste ano, que o chileno ganhou de vez os corações dos torcedores alviverdes, ao comemorar um gol sobre o arquirrival Corinthians com uma simulação de choro.
Foi também em 2008 que Valdivia marcou o gol que marcou a eliminação do São Paulo no campeonato estadual naquele ano e comemorou fazendo o sinal de silêncio para a torcida adversária. Na época, o tricolor paulista era considerado o melhor clube do país, mas acabou sendo derrotado e saindo do torneio para o Palmeiras.
Fechando o ano de ouro vivido pelo chileno, ele foi o responsável por comandar a goleada de 5 a 0 que sacramentou o título paulista do Palmeiras, que vivia um jejum até então. O último gol ficou marcado pela excelente arrancada de Valdivia, que driblou o zagueiro e balançou a rede adversária garantindo o troféu.
Quando deixou o Palmeiras em 2008 rumo ao Al-Ain, Valdivia já vivia uma história de ídolo perante à torcida palestrina. Tanto é que, após dois anos fora do Brasil, ele retornou para vestir a camisa do clube paulista em 2010.
No entanto, sua novamente passagem pelo Palmeiras não ocorreu da mesma forma que a primeira. Logo após chegar, lesões afastaram Valdivia por muito tempo, impedindo que, entre 2010 e 2011, o chileno pudesse contribuir com o clube como em outras épocas.
Mas, recuperado fisicamente e com o talento já conhecido, Jorge Valdivia deu a volta por cima e voltou a se destacar em 2012. Peça importantíssima na reta final da Copa do Brasil, que terminou com o título alviverde, o chileno se destacou também pela homenagem ao técnico Luiz Felipe Scolari, quando, na ocasião, ele deixou um bigode similar ao usado pelo treinador.
O chileno foi também o nome da campanha do Palmeiras na série B em 2013, que comandou o retorno à primeira divisão do futebol nacional. No ano seguinte, novamente foi fundamental para evitar uma nova queda para a segunda divisão, no ano do centenário do clube.
Apesar do ano ruim vivido pelo Palmeiras, Valdivia conseguiu dar à torcida um dos momentos de mais felicidade, ao marcar gols em jogos importantes e comemorar provocando adversários, como fez com Rogério Ceni em um clássico pelo campeonato estadual.
A trajetória de Valdivia com Palmeiras chegou ao fim em 2015, quando o clube teve uma reformulação geral e contratou diversos reforços, reduzindo o espaço do chileno no elenco. Antes de sair, ele ainda conquistou novamente a Copa do Brasil daquele ano.
Apesar disso, o vínculo e história entre o jogador e o clube paulista permanecem. Até hoje é possível ver demonstrações de afeto de Valdivia pelo Palmeiras, como por exemplo no último aniversário do clube em que o atleta usou as redes sociais para felicitar pela data. Da mesma maneira, a torcida mantém o carinho e admiração pelo jogador, chegando a pedir, em diferentes oportunidades, o retorno do chileno ao clube, o que aconteceu novamente recentemente após a saída de Ricardo Goulart.
Embora o carinho seja recíproco, o retorno do chileno ao clube brasileiro parece não ser colocado em pauta atualmente. Questionada sobre a possibilidade, Leila Pereira, presidente da patrocinadora do clube alviverde, desconversou ao dizer que tais decisões cabem ao departamento de futebol.
Aos 35 anos e vestindo a camisa do Colo-Colo, clube que o revelou, Valdivia já foi questionado sobre um possível retorno ao Palmeiras. Na ocasião, o chileno se limitou a dizer: “Não tem motivo para dizer não”. Então, resta esperar o desenrolar das coisas e saber se essa história entre o jogador e o clube ganhará ainda novos capítulos.