Com o término da Copa América, o goleiro chileno Claudio Bravo foi questionado pelo diário El Deportivo em uma entrevista exclusiva sobre a possibilidade de estar analisando se aposentar da Roja ou mesmo do futebol como um todo.
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Em sua resposta, apesar de dizer que claramente tem em mente o assunto, preferiu não especificar uma data seja diante de não ser mais convocado para o selecionado do Chile, atuar em clubes na Europa ou mesmo em um hipotético retorno ao país natal:
“O adeus eu tenho na minha cabeça faz muito tempo. Mas eu serei o primeiro a me dar conta de quando tenho que deixar a minha atividade, quando não vou estar na Seleção ou quando chegará o dia em que eu bata na porta de algum clube e diga que meu caminho foi percorrido. Eu sei, hoje em dia, a importância de me sentir bem, me sentir útil, que siga sendo um jogador que contribui. Quando não sentir isso, serei o primeiro que darei um passo atrás. Isso tenho muito claro. Pode ser em um ano, dois, três, não sei quando. Isso é meu corpo que vai determinar, minha cabeça e o meu entorno.”
“(Encerrar a carreira no Chile) Não sei. Depende do tempo, dos desejos. Hoje estou muito bem e veremos o que mostrará o futuro: se no Chile, fora. Veremos onde vou estar. Só quero estar bem, contente, contribuir”, acrescentou o ex-goleiro de equipes como Barcelona, Manchester City e que hoje defende o Betis.
Falando em tom nostálgico sobre atuações na seleção do Chile, Claudio Bravo ainda acrescentou que o único momento em que chorou defendendo a Roja foi na conquista da Copa América Centenario em 2016, disputada nos Estados Unidos e em uma nova final contra a Argentina que, coincidentemente, também foi definida nas penalidades como no ano anterior:
“Eu vinha de uma situação familiar, de lesão. Cheguei ao torneio sem treinar. Minhas primeiras três partidas foram um desastre, um desastre. Estava bem fisicamente, mas a cabeça estava longe porque tivemos um problema com a caçula em casa. E, queira ou não, primeiro a nossa cabeça está na funções de um pai. Estava em uma situação difícil que não tinha vivido na minha atividade. E olha como acabou. No momento que ganhamos a final, não sei se estava em uma das áreas de escanteio, celebrando e me emociono porque me lembrei de todas essas coisas.”