Após viver as mais diferentes emoções na busca pelo profissionalismo, o goleiro Diego Riechelmann vive um momento especial aos 24 anos. Em especial, depois do arqueiro formado na base do Corinthians experimentar a sensação da paternidade e ter vivido um tempo bem distante das quatro linhas.
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Diante da rápida ascensão com conquistas no sub-17 e boas aparições no sub-20, Diego chegou a integrar o elenco do Timão que conquistou o Paulistão de 2017. Desse modo, sua ideia foi de rumar para Portugal onde a expectativa de ter maior espaço era o elemento motivador. Porém, uma série de eventos transformaram a expectativa no fim do seu primeiro ciclo como jogador.
Além do ambiente de Covid-19, questões relacionadas a saúde mental foram decisivas para que ele decidisse por abandonar o esporte. Com isso, a necessidade de mudar de profissão o levou para um caminho bastante distinto, o da medicina veterinária. Nada que o fizesse esquecer ou diminuir as experiências inesquecíveis dos tempos de Corinthians, pelo contrário.
“Sou muito grato e honrado por ter jogado no Corinthians. Um dos gigantes do futebol mundial, um sonho para qualquer um e consegui. Acho que poucos podem olhar para trás em suas carreiras e dizerem que foram campeões vestindo essa camisa, fico feliz que eu posso dizer. Foi uma etapa importantíssima na minha vida e aprendi muito. Devo muito a este clube”, destacou Diego.
O ponto de virada
Sua história no futebol poderia ter acabado aí, mas os filhos fizeram reacender em Diego o desejo de, novamente, apostar na carreira de jogador. A chance surgiu com a camisa do Portosantense, clube radicado na ilha de Porto Santo, em Portugal. Após a disputa da primeira temporada, Diego Riechelmann destacou o papel da família na decisão e o sentimento de voltar ao ambiente onde se sente mais confortável: os gramados.
“Quando veio a pandemia estava mal, não tinha mais a mesma vontade de jogar futebol. Havia perdido um pouco da paixão que tinha, por isso decidi ficar um tempo fora. Mas, quando tive meus filhos, foi o momento que repensei tudo. Minha família me deu um novo motivo para buscar o esporte. Parece que deu um novo significado, para algo que eu sempre amei. Então foi esse momento que decidi arriscar e voltar a viver o futebol. Pela minha família”, detalhou o brasileiro, completando:
“Voltar a jogar foi especial. Entrar em campo, defender as cores de uma equipe, realmente sinto que é onde pertenço, nasci para fazer isso. Acho que, individualmente, foi uma temporada melhor do que eu imaginei. Sinto que foi uma excelente temporada. Após um período parado, voltar nunca é fácil. Mas, sei que consigo evoluir ainda mais. Agora é manter esse ritmo e trabalhar forte para próxima temporada. Com o apoio de quem confia em mim, tenho certeza de que irei longe.”