Quando desembarcou na pequena Doba, o meia-atacante brasileiro Gabriel Couto não imaginava que se juntaria a um elenco que faria história com o Dibba Al-Fujairah, equipe da segunda divisão emiradense.
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Na pequena cidade de 30 mil habitantes, o brasileiro superou a solidão, a distância da família e deixou o coração em campo para levar o time de volta à elite dos Emirados Árabes Unidos. E deu certo. No último fim de semana, o Dibba levantou, com duas rodadas de antecedência, o caneco da UAE Division, podendo celebrar a voltaa elite depois de 21 anos de ausência.
“A meta do Dibba era subir, mas nós tivemos o privilégio de conquistar o título. É uma sensação de dever cumprido e de saber que fiz a minha parte. Apesar da dificuldade que foi o extra-campo, consegui fazer um bom trabalho. Tudo foi fruto de um planejamento a longo prazo do clube”, explicou Gabriel.
Natural da cidade de Teresina, no Piauí, o jogador atuou no Brasil por dois clubes catarinense (Avaí e Barra), ambos nas categorias de base. Ele chegou ao país árabe em 2019, quando foi contratado para o time sub-23 do Al-Ittihad Kalba, time da primeira divisão. Não tendo espaço, foi negociado com o Dibba FC para assumir o protagonismo na campanha que culminou em 23 vitórias, três empates e apenas uma derrota, faltando dois jogos.
“Logo vou poder tirar minhas férias e voltar ao Brasil para visitar a família. Estamos na época de Ramadan aqui, então a comemoração (ocorre) um pouco depois do término do jogo. No calor do momento fizemos a festa, mas, depois, precisamos nos acalmar para respeitar a cultura árabe e seu Ramadan. O estilo brasileiro é único e, com certeza, faríamos festa após essa bela temporada se pudéssemos. Por isso, vou precisar deixar para comemorar durante as férias, em casa (risos)”, contou.