Futebol e videogames: uma história de paixões compartilhadas

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Foto: iStock

A rigor, o fsentimento de fixação pela Copa do Mundo dura um mês e ocorre em meio a disputa, mas sabemos que a paixão pelo evento começa bem antes. Pensando nisso, queremos aproveitar a oportunidade para celebrar o fanatismo e lembrarmos o porquê dos videogames terem um lugar consagrado perto do futebol. Sendo que, em ambos os casos, a evolução é marca registrada.

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Gênese e história de um vínculo 

A Copa do Mundo é, depois dos Jogos Olímpicos, o evento esportivo com mais espectadores em todo o mundo. Em 2018, a edição da Rússia teve mais de 3,5 bilhões de espectadores; um dado estrondoso se considerarmos que, nesse mesmo, ano a população mundial era de 7,6 bilhões de pessoas. Literalmente, quase metade do mundo estava de olho no evento e participa do fanatismo pelo futebol por meio de uma paixão que se transferiu bem cedo para os videogames. 

Já nos anos 70, surgiram versões do Pong na tentativa de representar o esporte. Porém, foi em 1979 que o primeiro game de futebol como tal surgiu: o North American Soccer League, desenvolvido para o console Intellivision. Curiosamente, o primeiro jogo de futebol nasceu em um país de relação visceral mais recente com o esporte, os Estados Unidos, do quem .

A primeira grande revolução do gênero veio em 1989 com Kick off, no Commodore Amiga e no Atari ST. Quatro anos depois, chegaria o lendário FIFA International Soccer, desenvolvido pela EA Sports para o Sega Mega Drive. A partir desse momento, a história dos games esportivos não seria a mesma. 

Com o lançamento do International Superstar Soccer da Konami, em 1994, começou a gestar-se uma das maiores richas entre franquias de jogos no início dos anos 2000: Pro Evolution Soccer (como o jogo foi renomeado) x FIFA, da EA Sports, mas que deve ser rebatizado a partir da edição 2024. Daí em diante, o mercado de jogos de futebol, principalmente em consoles, é dominado pelo confronto entre EA e Konami.  

No decorrer da evolução dos videogames futebolísticos, os avanços tecnológicos foram verdadeiramente monumentais e, pouco a pouco, eles conquistaram um cantinho nos corações do público. Todos podem ser protagonistas e são bem-vindos no mundo dos videogames. Em 2000, por exemplo, o Nintendo 64 criou o Mia Hamm Soccer 64, dedicado à liga americana de futebol feminino. 

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Os novos esportes 

Hoje, a indústria conta com novos espaços: o streaming e os eSports. Durante os momentos mais difíceis da pandemia, muitas ligas olharam para os videogames e o streaming para oferecer conteúdo aos fãs. Por exemplo, no México nasceu a eLiga MX, um torneio de eSports promovido pela liga mexicana de futebol onde se enfrentam 18 dos principais times do país, cada um deles representado por um jogador. Do mesmo jeito, outros países também começaram a levar os esports muito a sério. Ao ponto, por exemplo, do Reino Unido ter um órgão regulador de eSports a nível nacional.

Falamos de uma indústria em crescimento acelerado. Para se ter uma ideia, de acordo com a consultoria Newzoo, em 2022 o lucro em esports alcançará 1,3 bilhão de dólares mundialmente, algo que equivale a quase R$ 7 bilhões na atual cotação.  

Então, o que isso significa para as marcas? É possível entrar neste mundo? Claro que sim! Não a toa, muitos anunciantes já começaram a marcar presença em competições de eSports além de encontrar vínculos entre o futebol e os videogames.

Os eventos de jogos são grandes oportunidades: em 2019, a companhia de cosméticos norte-americana Estée Lauder patrocinou a equipe de League of Legends Invictus, enquanto a L’Oreal organizou, na China, um evento com a equipe QGhappy junto ao streamer Feng Timo. Na atualidade, os inscritos de Feng e QGhappy continuam visitando as redes da marca para assistir o vídeo do evento. 

De maneira mais próxima ao mundo do futebol, podemos mencionar a campanha da rede de fast food Burger King com David Madrid, “Stevenage Challenge”. Na ativação, a marca “hackeou” o jogo FIFA 20 quando se tornou o patrocinador oficial de uma equipe da quarta divisão inglesa, o Stevenage. Com seu logotipo na camisa oficial da equipe, o Burger King ganhou um lugar de destaque no videogame e pediu, através das redes sociais, que os jogadores compartilhassem seus gols com astros como Messi e Ronaldo, vestindo as roupas da equipe desconhecida. Desse jeito, mais de 25.000 gols foram compartilhados nas redes e o Stevenage passou a ser o time mais escolhido no modo carreira do jogo. 

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Existe ainda a possibilidade das marcas patrocinarem jogadores ou times inteiros. A multinacional do ramo de bebidas energéticas Red Bull colaborou com o streamer Ninja para colocar seu rosto nas latas do energético e a Movistar tem sua própria equipe de esports, os Movistar Riders. Para dar outro exemplo de uma ação disruptiva, a etermax Brand Gamification auxilia a organizar, no Brasil, um torneio de futebol feminino patrocinado pela marca de fones de ouvido Turtle Beach.

Embora seja um fato que o público gamer seja consideravelmente vasto, ainda existem preconceitos a respeito de como a audiência desse nicho é constituída. Assim, ações como estas ajudam a desmistificar essas ideias ao mesmo tempo que capacitam as mulheres que querem participar mais ativamente dos eSports.

Outro caso que permite ilustrar a flexibilidade do streaming e que tem relação com o maravilhoso mundo do futebol é o evento também produzido pela etermax Brand Gamification, em parceria com o Amazon Prime, pelo lançamento do seriado Maradona: Conquista de um Sonho. Nessa proposta de ativação, o streamer Gero Momo convidou seus inscritos a participar de um show de trivia no qual eles competiram por prêmios do Amazon Prime. Desse jeito, o futebol e o gaming encontraram um novo ponto de conexão.

O gaming está repleto de oportunidades para as marcas e sua história com o futebol demonstra isso. É uma indústria em constante mudança e crescimento: cada dia há novas ferramentas para que as organizações criem vínculos poderosos com as pessoas. Só resta aproveitá-las. 

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