Em partida que precisou das cobranças de pênalti para determinar quem seria o segundo semifinalista da noite na Copa Sul-Americana, quem foi mais competente entre Atlético-PR e Bahia depois do 1 a 0 para os visitantes no tempo normal na Arena da Baixada frente a quase 22 mil pessoas foram os donos da casa.
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O jogo
Apesar do jogo não ficar necessariamente concentrado em uma das áreas ou mesmo no setor de meio-campo, as investidas ao ataque tanto dos paranaenses como dos baianos não eram de intenso perigo aos gols defendidos por Santos e Douglas.
A posse de bola era ligeiramente maior aos anfitriões que tinham dificuldade em trabalhar a bola quando batiam de frente com o sistema central do Tricolor Baiano formado por três jogadores de maior poder de marcação: Elton, Nilton e Flávio. Mesmo assim, quem conseguiu a abertura do marcador foi o Baêa em chute cruzado de Júnior Brumado, porém tendo seu tento anulado pela arbitragem do peruano Diego Haro.
Depois disso, o Furacão parece ter “acordado” e tomou as rédeas da partida, aumentando o nível de pressão sob a defesa do Bahia.
Além de chegar bastante com as subidas de Jonathan e Renan Lodi nas duas laterais, constantemente o Rubro-Negro Paranaense conseguia faltas próximas a grande área adversária e levantava a bola em momentos que sempre complicavam o posicionamento dos comandados de Enderson Moreira.
Em meio a muitas finalizações “mascadas”, a mais clara chance de gol validado da primeira etapa parecia ter surgido aos 40 minutos para o Atlético. Após passe em profundidade alcançado por Pablo, o atacante abriu espaço e rolou para Marcelo Cirino que, mesmo com tempo para ajeitar e decidir como iria chutar, acabou sendo bloqueado em cima da hora por Lucas Fonseca.
Contudo, já nos acréscimos, um lateral cobrado forte na grande área da defesa do Furacão foi desviado por Nilton na segunda trave e, passando à frente da pequena área de Santos, foi tocada por Douglas Grolli para às redes. 1 a 0 Bahia.
Segundo tempo
O ritmo de jogo do Atlético-PR voltou mais intenso do que seu adversário, tendo volume suficiente para trabalhar a posse e chegar com velocidade ao ataque. Porém, o problema dos donos da casa “morava” na hora de finalizar, constantemente errando a pontaria e, quando conseguia fazer Douglas, trabalhar, era em cruzamentos fáceis de serem interceptados.
Se por vezes nos 45 minutos iniciais o time do Nordeste conseguia em determinados momentos “respirar” e também trabalhar no plano ofensivo, isso não mais ocorria com a blitz aplicada pelos anfitriões na etapa complementar e a sensação de que o Esquadrão jogava “espremido”, limitado a cortar os lances construídos pelo time em desvantagem no placar.
Apenas depois dos 25 minutos o time da Boa Terra conseguiu ser mais eficiente na tentativa de sair jogando e se afastar um pouco mais da sua própria grande área. Mesmo assim, muito mais na base de lançamentos e criações individuais do que propriamente sendo resultado de uma movimentação mais coordenada.
Não tendo nenhum dos dois lados conseguido marcar de novo em Curitiba, a decisão de quem enfrentaria o Fluminense na semi da Sul-Americana foi para as penalidades. E foi aí que pesou a precisão e tranquilidade dos jogadores do Atlético-PR.
Marcando os três primeiros pênaltis e vendo Santos defender a cobrança de Vinícius além de Zé Rafael mandar por sobre o gol, o Furacão sacramentou sua classificação com o pênalti convertido por Pablo.