Além do fato de ser um esporte de alto nível, o futebol profissional faz parte da rotina dos cidadãos da América do Sul. Apaixonados, os torcedores acompanham cada detalhe dos times do coração nas competições em que ainda estão vivos e lutam pelo título. Para isso, esperam que nada saia do controle, até que recebem a notícia que frustra: a lesão de um dos atletas da equipe.
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Comuns em todo o mundo, as lesões impactam diretamente no rendimento do clube, especialmente quando acontecem com um dos jogadores do time titular. Mesmo quando ocorre com um dos atletas do banco, é capaz de desfalcar a equipe nos momentos das alterações.
Esse é o caso, por exemplo, de Gustavo Mantuan, meia de 19 anos revelado pelo Corinthians. Após sua estreia na equipe principal do time paulista, foi chamado para um amistoso da Seleção Brasileira Sub-20 e rompeu os ligamentos do joelho esquerdo. Na época, ele representava uma boa alternativa para a equipe e apresentava um futebol “encaixado” com os companheiros, mas, agora, deve voltar aos gramados somente no segundo semestre de 2021.
Outro exemplo é o histórico do ex-jogador do Palmeiras e atual meio-campista do Colo-Colo, Jorge Valdivia. Apelidado como El Mago, o atleta ficou conhecido por sua habilidade, pelo tradicional “chute no ar” e pela incidência de lesões.
Por conta das contusões musculares, em certos períodos de sua carreira, não foi possível ter continuidade de jogos e, consequentemente, não pôde ajudar as equipes ou se destacar individualmente. Também pelo tempo passado no departamento médico em sua passagem pelo Brasil, acabou ganhou o apelido de “chinelinho”.
A discussão sobre a incidência de lesões no futebol latino passa, justamente, pela questão do número de partidas por ano e do tempo necessário para a recuperação do atleta. Em 2017, os times brasileiros da Série A com participações em competições continentais jogaram, em média, 79 partidas com três ou quatro dias para descansar entre um jogo e outro.
Em contrapartida, os times europeus tiveram a média de 60 partidas, mesmo em mais de um torneio, como no caso de Manchester United (68), Real Madrid (64) e Barcelona (63), por exemplo.
Formas de prevenção
Por ser um esporte de contato constante, as contusões dos jogadores podem ser acarretadas por diversos motivos, sejam torções, entradas fortes, carga pesada de treinos ou jogos, por exemplo. Justamente por conta disso, as equipes lutam para que os departamentos médicos fiquem vazios o máximo de tempo possível.
Entre algumas formas de prevenção encontradas está a presença de um profissional da faculdade de fisioterapia acompanhando os treinos – em campo ou na academia – para conseguir limitar as chances de erros de execução ou que exijam esforços além do possível ao atleta. Além disso, o trabalho dos profissionais pode possibilitar maior entrega do jogador em campo com o preparo físico.
Outras medidas como os aquecimentos pré-jogo, equipamentos ideais para treinos e partidas e o monitoramento periódico da saúde do atleta já são realizados nos clubes com maior estrutura e inseridos em competições formais, onde esses protocolos são exigidos. Ainda assim, não há como ter 100% de controle sobre as contusões dos jogadores, que podem ocorrer de forma natural.