Uma denúncia grave, com testemunhos fortes, foi feita em reportagem pelo jornal inglês Guardian contra o presidente da Federação Haitiana de Futebol (FHF), Yves Jean-Bart, cargo o qual o mandatário ocupa desde o ano 2000.
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Segundo o material do veículo britânico, Yves teria abusado sexualmente de cinco jogadoras menores de idade em crime que teria sido cometido dentro das instalações da FHF em Croix-des-Bouquets, local distante 12 quilômetros da capital do Haiti, Porto Príncipe.
Uma das jovens que teria sofrido o abuso chegou a mencionar que uma funcionária da Federação era quem “fazia pressão” para que os atos criminosos se desenvolvessem com direito a ameaça de despejo do Centro de Treinamento:
“Há uma mulher que trabalha lá que põe pressão para as garotas terem sexo com Dadou (apelido como é conhecido Jean Ives-Bart). Ele vê uma menina bonita e manda essa mulher falar com ela que será despejada do centro. Aí essa senhora diz que a única maneira de resolver o problema é falar com Dadou. Nesse momento, a jovem garota não tem outra opção que não seja lidar com o abuso sexual.”
“Ela foi forçada a não falar. Uma das nossas melhores jovens jogadoras perdeu a sua virgindade para Dadou, quando ela tinha 17 anos em 2018 e teve que abortar. Essas garotas que vivem no local… é uma vergonha porque elas querem defender o seu país, mas se falarem sobre a situação serão dispensadas. Elas são reféns”, disse outra ex-jogadora que também preservou sua identidade.
O Guardian procurou o dirigente da FHF para dar o direito de resposta e ele negou todas as acusações:
“Esse tipo de abuso sexual é impossível em nosso CT dada a estrutura física, os princípios de educação e a atenção contínua que colocamos no lugar.”
