Ex-zagueiro e ídolo da seleção paraguaia, completa 46 anos nesta sexta

Foto: AFP

*Alex Dias de Souza

Quem não se lembra do zagueiro paraguaio Gamarra?  Conhecido por seu jogo, que era caracterizado pela marcação forte e lealdade, o defensor ganhou prestígio em clubes grandes da Europa e da América do Sul, e durante vários anos foi capitão da seleção paraguaia. Nesta sexta-feira, o jogador completa 46 anos, e a equipe do FL vai relembrar alguns momentos da história do zagueiro no futebol.

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Ver Gamarra fazendo parte de equipes vencedoras, foi um filme repetido: sempre atento na marcação e capaz de sair jogando com qualidade com a bola nos pés o jogador se tornou um dos principais ídolos de seu país e teve grande destaque no futebol mundial.

“Sem dúvida, era muito difícil de passar por ele, eu não sei de onde ele tirava aquela força, foi sempre muito difícil, um dos mais difíceis que enfrentei na minha carreira”, afirmou o atacante e ídolo colombiano  Faustino Asprilla em uma entrevista.

Nascido na cidade de Ypacarai no Paraguai, localizada a 37 quilômetros da capital Assunção, Gamarra iniciou a carreira  em 1991, no Cerro Porteño.

Atuando no Brasil, várias vezes foi eleito o melhor defensor do futebol brasileiro. Em 1998, o zagueiro que tinha como uma das características a lealdade, chegou a completar uma marca de 724 minutos sem cometer uma falta sequer.

O paraguaio, teve uma boa passagem também no Internacional de Porto Alegre, onde ganhou notoriedade e chamou a atenção do Benfica de Portugal, que o levou, em 1997. Depois de fazer uma campanha espetacular com a seleção paraguaia na Copa do mundo de 98 disputada na França, o jogador foi escolhido e fez parte da seleção da FIFA que selecionou os melhores daquele mundial.

No mesmo ano, retornou ao futebol brasileiro para mostrar a sua classe novamente e fazer parte de uma equipe vencedora  do Corinthians que foi campeã do Brasileirão daquela temporada.

Na Europa, começou a ganhar destaque na temporada 2001-2002,  jogando pelo AEK em Atenas, na Grécia. Com 24 jogos disputados, ganhou o título da Taça da Grécia. Sempre regular, disputou outra Copa do Mundo na Coréia e no Japão em 2002, na qual o Paraguai caiu na segunda rodada. Naquele torneio, Gamarra esteve presente em todos os jogos e ficou dentro de campo em todos os minutos pela sua seleção.

Depois de voltas e mais voltas em torno do velho continente, o zagueiro se firmou de vez na Inter de Milão, onde foi considerado um dos jogadores favoritos dos torcedores do time italiano.

Lá, ele jogou a temporada 2004-2005 e depois teve sua terceira passagem no futebol brasileiro ao assinar com o Palmeiras em julho de 2005.

Antes de atuar pelo clube paulista, e já considerado um jogador extremamente experiente, foi chamado pelo técnico Carlos Jara Saguier para integrar geração da seleção paraguaia que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004, e junto com Julio Enciso e José Saturnino Cardozo levaram um grupo de jovens para a final do torneio contra a Argentina que acabou vencendo o jogo por 1 a 0.

Mesmo estando na reta final da carreira, sempre esteve no auge e foi convocado novamente para defender a sua seleção e ser um dos pilares de experiência na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha.  Naquele ano, o Paraguai contou com Francisco ‘Chiqui’ Arce, Delio Toledo, Dennis Caniza e Roberto Acuna, mas mesmo assim acabou eliminado  logo na primeira fase.

Após a Copa do Mundo, voltou para o Palmeiras e ganhou algum destaque, mesmo com a campanha ruim do time paulista naquela temporada.

Ele superou a má campanha e mesmo atuando em um time limitado na época, recuperou seu nível com boas performances no clube paulista, mas em seguida, decidiu voltar para o Paraguai.

E foi no Olimpia, em 2007, que o jogador finalmente pendurou as chuteiras.

“É hora de pendurar as chuteiras,  sabendo que eu tentei sempre dar o meu melhor em cada equipe que joguei, e em particular na seleção”,  disse Gamarra, no dia em que ele anunciou sua aposentadoria.

Essa é um pouco da história de Gamarra, que será sempre lembrado como um dos melhores defensores da história do futebol sul-americano, por sua grande categoria, força e lealdade.

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