Ex-zagueiro da Juventus não se vê capacitado para dirigir a equipe

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Foto: Divulgação/Sanbenedettese

Dentro das quatro linhas, discutir o posto de ídolo da Juventus quando o assunto é o ex-jogador uruguaio Paolo Montero é desnecessário. Foram 266 partidas com a camisa da Vecchia Signora durante nove temporada consecutivas (1996/1997 até 2004/2005) com oito títulos no currículo: quatro vezes o Scudetto, duas vezes a Supercoppa Italiana, uma Supercopa da Uefa e um Mundial de Clubes.

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Contudo, pensando no papel de treinador do clube italiano, Montero foi bastante sincero em entrevista dada a rádio uruguaia Sport 890 entendendo que, nesse momento, ainda não adquiriu os conhecimentos necessários para assumir tal desafio.

“Não estou pronto para dirigir uma equipe como a Juventus porque ainda me falta em relação a tática e estratégia. Isso porque o jogador te olha e se dá conta se você sabe ou não. Na administração do grupo não estou mal porque isso eu aprendi. É uma porcentagem mínima de ex-jogadores que voltaram a Juventus como no caso do Antonio Conte. Meu sonho é ver o que acontece e a minha realidade é o Sambenedettese”, disse o ex-atleta que hoje é técnico do time citado que disputa a terceira divisão da Itália.

Montero também revelou que existe uma grande possibilidade de que o campeonato italiano da divisão em que ele trabalha não deve retomar o ritmo de competições caso se mantenha o que ele já conseguiu conversar com o presidente do clube, Franco Fedeli:



“Falei com o presidente da Sambenedettese e ele me disse, conversando com os diretores das demais equipes da divisão, que há 90% de chances de não voltar a jogar. Estão vendo quem sobe, mas o mais provável é que ninguém caia.”

Como não poderia deixar de ser pelo fato de viver em um dos países mais castigados pela pandemia de Covid-19, Paolo Montero fez um relato bastante forte sobre o que tem visto a sua volta:

“Por sorte no povoado que estou as pessoas são muito respeitosas. Faz um mês que não saio da minha casa. As únicas duas vezes que saí foi porque tive que ir ao supermercado. O grande problema na Itália se deu na Lombardia. Atalanta, Brescia, entre outras (cidades). Em Bérgamo, no começo, morriam de 50 a 80 pessoas. Faz um mês que estou trancado e todos os dias vão passando informações. Até 25 de abril seguiremos em quarentena. Recentemente, se falou que poderia ser ampliada para 15 de maio. Não é brincadeira, se te pegar, ela te mata. Morreram pessoas de todas as idades e não podemos esquecer que, no Uruguai, está chegando o frio. Na Itália as pessoas não saem nas ruas. Faz meia-hora que saí para jogar o lixo fora e coloquei máscara e luvas. Estou usando álcool o tempo todo, as pessoas que entram em casa deixam do lado de fora seus calçados. Nós, do povoado, estamos cumprindo à risca.”


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