Aos 72 anos de idade e em meio a um momento complicado que vive o futebol da Bolívia tanto para clubes como para a seleção boliviana, o ex-treinador da La Verde e do Bolívar, o argentino Jorge Habegger, foi taxativo ao expressar sua opinião.
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Em entrevista que foi captada pelo caderno Campeones do jornal local Página Siete, Habegger disse que o futebol do país não conseguiu aproveitar os frutos que foram plantados nos anos 90 e que tiveram seu ápice com o vice-campeonato na Copa América de 1997 em casa, perdendo a final diante do Brasil.
Para usar como critério de comparação, ele ainda utilizou o exemplo de duas escolas que, na mesma época em que a Bolívia ascendia no cenário continental, não eram nem sombra da estrutura alcançada na atualidade: Equador e Venezuela:
“O processo se prolongou até 1997 quando a Bolívia foi vice-campeã da Copa América, esse foi o ponto mais alto do futebol boliviano em solidez e no processo de renovação. Creio que na Bolívia não se prestou atenção a base, já que só captava das academias de Tahuchi e Enrique Happ e, aí, se descuidaram do trabalho de base que hoje sentem. Depois de 1997 eu creio que houve uma involução, não se aproveitou e a Bolívia estagnou. Outros países como Venezuela e Equador provocaram mudanças que, hoje, tem sua recompensa em seleções juvenis.”
Atualmente, Jorge Habegger não está trabalhando e teve como última função à beira do gramado a direção do Aurora na temporada 2011/2012.