A saída do técnico venezuelano Rafael Dudamel do Atlético-MG ainda rende capítulos bastante conturbados no que se refere a relação treinador e atletas do plantel do Galo. O último deles havia sido as palavras bastante agudas ditas pelo meia Nathan a Record Minas dizendo que o comportamento autoritário de Dudamel acabou atrapalhando no desenvolvimento do seu trabalho.
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Contudo, em vídeo enviado ao portal Globo Esporte, o técnico que também trabalhou nas seleções de base como também na equipe principal da Venezuela falou de maneira sentida sobre o tema falando em “decepção” a respeito do posicionamento de Nathan:
“Recebo com muita decepção umas declarações de um jogador jovem, com um futuro promissor, com um futuro bom. Mas, definitivamente, o êxito de um jogador caminha lado a lado com o profissionalismo, com a hombridade, com a sinceridade e a frontalidade que pode viver. As declarações do Nathan me geraram uma grande decepção. Não quero pensar nisso com malícia, (pensar) que na sua cabeça tenha passado, de alguma maneira, orquestrar, preparar a saída de um treinador. Eu não posso pensar desta forma. Quero entender que foi parte de uma imaturidade de um jogador da sua idade. Entendo, agora sim, porque, nos lugares onde esteve, não pôde triunfar e tenha permanecido tão pouco tempo. Mas eu vou recordar com muito carinho. Hoje tenho uma tristeza, uma decepção, mas eu vou recordar com muito carinho, porque recordo, quando chegou ao Atlético, que (Nathan) chegou lesionado, mas preparamos, junto com a comissão técnica, um plano de trabalho para sua recuperação. Recordo, também com tristeza, o dia que errou o pênalti, e nos eliminaram (Afogados) da Copa do Brasil. E eu me pergunto: será que naquele momento passou pela sua mente a exigência de Dudamel e por isso errou o pênalti? Em momentos cruciais, um jogador não pode falhar. Os jogadores diferentes, em momentos cruciais, não falham.”
A diretoria do clube mineiro e a forma como se comportaram também foi elemento que recebeu críticas do profissional de 47 anos de idade:
“Lastimosamente foi curto o tempo (no Atlético). Os dirigentes não sustentaram sua palavra. Foram alvos de muitas críticas e frágeis para poder suportá-las. Conversava muito com o presidente e com o vice-presidente, um grande contador de histórias, diferente da cara que me mostrava a cada vez que estava nas concentrações, nas viagens, nos treinamentos. Mostrava uma cara de satisfação, de se identificar com o que estávamos fazendo. E, realmente, não era uma cara sincera.“