Lidar com o falecimento de pessoas próximas nunca é uma missão simples, mas o “baque” veio de maneira tão forte no caso do zagueiro argentino Emmanuel Mammana que, em entrevista ao diário Olé, ele fez uma confissão bastante sincera e corajosa.
Leia mais: Conmebol começa a sonhar com a volta da Libertadores; Veja a data
Mario Balotelli revela torcida por time sul-americano
Comentando sobre pensar em abandonar o futebol depois de passar por duas graves lesões em 2018 e 2019 no joelho envolvendo a ruptura total e parcial dos ligamentos, o defensor que está desde 2017 no Zenit após passagem de um ano pelo Lyon disse que só passou pela sua cabeça uma vez na vida largar o esporte. Mais do que isso, abrir mão de sua própria vida:
“Senti vontade de largar tudo depois do falecimento do meu pai, já havia perdido a minha mãe… pensei em deixar o futebol, inclusive pensei na loucura de me suicidar. O quis fazer duas vezes. Foi muito difícil, muito difícil. Foram dois ou três meses que custaram muitíssimo. Mas, apesar da dor, pude me recuperar. E o River me ajudou. Me dei conta que em casa haviam lutado tanto para que eu chegasse ali e não podia jogar tudo fora por tristeza. Tinha que cumprir o sonho do meu pai: ele queria chegar ao time principal.”
Depois de fazer uma confissão de tamanho impacto, Mammana ressaltou a importância das pessoas próximas e do Millonario no processo de reabilitação. E de como tudo isso o transformou em alguém mais maduro e preparado para os obstáculos seguintes da vida.
“As pessoas próximas e o River. Ali estavam na pensão e no clube, me apoiando 100%. No funeral do meu pai, vieram duas vans com todos os garotos me cumprimentar. Pouco a pouco, com toda essa ajuda, e pensando no esforço que haviam feito para que eu pudesse jogar futebol, compreendi que tinha que seguir em frente e cumprir meus sonhos. Por mim e meu pai. (os fatos tristes) me fizeram amadurecer muitíssimo. Comecei a me cuidar sozinho, apesar de ter quatro irmãos mais velhos. Cresci na base da pancada. Hoje sei que essas lesões são fortes, mas não tem comparação com a morte de um pai ou de uma mãe. Hoje tenho a minha mulher e meu filho que me dão força para seguir adiante. As lesões, apesar de ser difíceis, se recuperam. Mas os pais, uma vez que os perde… por isso, a vida é o que eu mais valorizo”, concluiu o jogador atualmente com 24 anos de idade.