Ronaldo Fenômeno, Cafu, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Romário, Kaká, Roberto Carlos e Dida. O que todos esses craques do futebol brasileiro têm em comum? A idolatria em outro continente: a Europa.
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Na Copa do Mundo disputada no Qatar, no final de 2022, era comum as transmissões focarem nos ex-atletas que acompanhavam as partidas pelas tribunas dos estádios como Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu e Kaká. Essa exposição mostra que esses jogadores, que marcaram a vida de muitos torcedores diferentes, ainda seguem vivos na memória dos europeus que amam o futebol.
O mundo inteiro conhece o Brasil por seus ótimos jogadores e, com a diferença de investimento entre os clubes brasileiros e estrangeiros, é questão de tempo até que uma nova promessa surja por aqui e logo seja vendida para algum clube badalado que disputa a Champions League. Desde 1990, quando os clubes brasileiros deram uma nova guinada rumo à profissionalização, os atletas saem cada vez mais cedo de seus clubes antes de brilharem nos gramados do Brasil, o que acaba gerando uma idolatria por vezes maior até na Europa do que por aqui.
Ronaldo Fenômeno, por exemplo, é um craque reconhecido por onde passa e, desde que ele surgiu no futebol, tem sido assim. Mas é inegável que seu histórico de vitórias, títulos e atuações memoráveis contribui para que o torcedor brasileiro tenha por Ronaldo uma idolatria gigantesca.
Dida, por outro lado, foi reserva na conquista da quinta Copa do Mundo pela seleção brasileira, o famoso ‘Penta’. A ausência de um título Mundial, como titular, com certeza afeta a diferença no reconhecimento entre os dois ex-atletas no Brasil, fato que não é tão discrepante na Europa, onde Dida também é um ídolo indiscutível.
O goleiro atuou ao longo da primeira década deste século pelo Milan e, por lá, fez uma carreira pra lá de vitoriosa: dentre os principais títulos, está uma conquista da Serie A (o Campeonato Italiano) e duas Champions League, a maior competição de clubes do mundo. O êxito do goleiro na Itália ainda está bem fresco na mente dos torcedores do Milan e, por isso, é bem possível que ele seja mais reconhecido por lá do que no Brasil.
Ronaldo é único porque brilhou nos gramados, conquistou títulos importantes por onde passou e explorou comercialmente a sua imagem muito bem, o que o levou a estampar propagandas na televisão, nos jornais, em revistas e até nas ruas da Europa, gravando muito bem na cabeça dos amantes de futebol a importância desse ídolo para o esporte local. Mas, para além desse sucesso como jogador, Ronaldo está envolvido na gestão de clubes e outros atletas, o que ajuda a manter viva a sua imagem. Com isso, é lógico, seu reconhecimento é absoluto.
O trabalho do Fenômeno à frente do Valladolid ainda é modesto, mas já é o suficiente para firmar o clube em La Liga, a primeira divisão espanhola. Apesar de ter sofrido um rebaixamento, o clube esteve em quatro das últimas cinco temporadas na primeira divisão.
Ronaldinho Gaúcho, que por muitos é apontado como um jogador mais genial que Ronaldo, carrega uma idolatria diferente do Fenômeno, já que ele não tem um envolvimento público na gestão de clubes ou grandes atletas europeus. Seus anos acumulados no futebol europeu, seus dribles encantadores e a enorme estante de troféus que variam de Melhor do Mundo ao Penta, fazem com que Ronaldinho seja presença desejada em qualquer evento relacionado a futebol que aconteça na Europa.
Um exemplo diferente é o de Paulo Roberto Falcão, que defendeu a Roma por cinco temporadas, chegou desconhecido à Europa, mas caiu nas graças da torcida ao ajudar sua equipe a quebrar um jejum de mais de quatro décadas sem a conquista do Campeonato Italiano. Durante sua passagem pela Itália, ganhou o apelido de ‘Rei de Roma’ e o ex-jogador segue vivo na memória dos Romanistas, que só venceram o torneio nacional três vezes ao longo da história do clube. Falcão se difere dos astros que chegaram ao Velho Continente depois dos anos noventa, pois não é um jogador conhecido pelos brasileiros mais jovens. Em um passeio por Roma, no entanto, o reconhecimento desse ídolo é enorme.
Cafu, que foi capitão da Seleção Brasileira e ergueu o troféu em 2002, é lembrado em qualquer canto da Europa, mas principalmente na Itália, assim como Kaká, eleito Melhor do Mundo em 2007 e que também brilhou no Real Madrid. Rivaldo, pelo Barcelona, e Roberto Carlos, pelo Real Madrid, são outros brasileiros idolatrados por europeus que jamais vão esquecer do futebol apresentado dentro de campo. Por isso até hoje, por onde passam, esses ex-jogadores acumulam o carinho de seus torcedores.
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