Pela segunda vez em um período de cinco meses, o meio-campista Weston McKennie se envolveu em problemas relacionados a violação sanitária onde, na última semana, lhe custou o afastamento da concentração na seleção dos Estados Unidos.
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Analisando a situação quase como “se vendo” no mesmo contexto, porém por um motivo diferente, o ex-jogador Charlie Davies relembrou seu grave acidente de carro em 2009, período onde ele vivia seu auge e era abertamente cotado para disputar a Copa do Mundo do ano seguinte que aconteceria na África do Sul.
Na época, as investigações deram conta de que a motorista do veículo, Maria Alejandra Espinoza, estava sob efeito de bebidas alcoólicas no acidente que vitimou uma mulher de 22 anos de idade, Ashley Roberta, outra passageira do veículo.
Na oportunidade, ele ficou por um longo tempo internado diante das várias fraturas onde, além de ser cortado do Mundial, jamais conseguiu retomar sua trajetória no mesmo nível de antes.
“Eu decepcionei minha família, eu decepcionei meus companheiros de time, eu decepcionei todo mundo, a nação, e você sente isso. Eu ainda sinto. Atualmente, eu me sinto grato porque todo mundo meio que me deu essa crença. Eles ficaram comigo. Eles não desistiram de mim, por mais louco que isso seja. E eu tinha 23 anos, a mesma idade do Weston. Não estou dando a oportunidade de Weston dizer: “Oh, cometeu um erro, você vai crescer com isso’. O que eu vou dizer é que isso já aconteceu na Juventus e, agora, aconteceu com a seleção. Três strikes e você está fora”, pontuou o ex-atleta.
Apesar de entender que o atleta tem plenas condições de aprender com os erros recentes, Davies foi taxativo sobre a possibilidade do atleta seguir com tais comportamentos onde, novamente, fez um paralelo com sua história de vida:
“Eu nunca tive a oportunidade de colocar essa camiseta (seleção dos EUA) de novo e eu mataria por isso. Mas Weston, todos nós sabemos do seu desenvolvimento, seu futuro e o que ele significa para a seleção e para o futuro. Então, se ele não puder aprender com esse momento depois de decepcionar todo mundo, se olhando no espelho e dizendo: ‘Ei, eu preciso me manter à disposição’, então ele não merece vestir a camisa da seleção dos Estados Unidos. Absolutamente não.”