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Ex-Athletico vive bom momento no Paraguai e dá “aviso” a brasileiros

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Foto: Reprodução/Instagram

Francisco da Costa, um dos nomes que vem se destacando no futebol paraguaio, é um brasileiro que “se abriu” para o futebol latino. Com passagens pela base da dupla Grenal além do Athletico, o gaúcho de 26 anos saiu cedo do Brasil para um destino, na época, ainda pouco comum: o México. Lá, chegou para atuar na terceira divisão e, aos poucos, galgou seu espaço até a primeira divisão quando defendeu o Querétaro na temporada 2020/2021.

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Atualmente, Francisco está no Sol de América e possui números interessantes da ordem de seis gols e três assistências em 11 partidas disputadas, surgindo como um fenômeno brasileiro em terras latinas e criando certa curiosidade ao povo paraguaio sobre quem seria aquele “brazuca” novo no país.

O atacante falou sobre sua adaptação e sobre seu trabalho mental para se tornar mais profissional.

“Vivo um momento especial na minha carreira. Eu cheguei aqui no Sol com um foco muito maior do que eu estava tendo no México e estou colhendo o fruto de um trabalho que venho fazendo desde a minha cirurgia no ombro, há um ano. Foi isso que me fez virar a chave, me tornar muito mais profissional e focado no futebol com mais seriedade. Eu vinha fazendo as coisas bem desde o Querétaro, mas, infelizmente, lá as coisas não aconteceram como eu queria e aqui eu estou conseguindo colher os frutos de muito trabalho e foco, o que me deixa tranquilo e em paz comigo mesmo”, declarou.

Após tantas mudanças de país, algo além do futebol impulsiona o brasileiro em seus desafios e busca pelos objetivos: a troca de culturas. Isso fica mais claro ainda pela semelhança nas culturas latinas, pela linguagem semelhante e alguns costumes parecidos por conta do desenvolvimento da América Latina após a colonização e independência dos países. Mesmo assim, é
normal passar por algumas dificuldades na adaptação e o brasileiro explicou como lidou com isso.

“Eu posso falar sobre a minha experiência no futebol internacional muito mais como pessoa, até porque eu me tornei muito mais forte como ser humano, sempre aprendendo muito com outras culturas. Um exemplo disso é o México, que é um país muito turístico, o que fez com que eu conhecesse pessoas de todos os lugares, com costumes e culturas diferentes e não só os
mexicanos. Então isso faz com que você amadureça mais rápido. Sobre a minha adaptação no Paraguai, o México foi muito importante neste processo, até pelo idioma, pois eu cheguei aqui já dominando. Além disso, você chega no México achando que vai ser igual o Brasil por ter povos e culturas parecidas, mas a verdade é que cada país te exige algo e é sua função
interpretar isso. Por isso, já cheguei no Paraguai atento a tudo que aprendi no México e foi mais fácil a adaptação”, disse o atacante.

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Mesmo com o futebol latino estando em crescimento exponencial nos últimos anos, o sonho dos jogadores brasileiros ao sair das categorias de base segue sendo a Europa. Afinal de contas, lá estão os clubes de maior poder aquisitivo do planeta bem como são disputadas as competições também de maior visibilidade.

Entretanto, para Francisco, o futebol da América Latina ainda é um destino interessante para os brasileiros, principalmente para aqueles que estão em divisões inferiores como as Séries C e D:

“É raro ver os brasileiros atuando fora do Brasil na América Latina porque nós temos uma zona de conforto de querer ficar no Brasil e crescer no futebol do nosso país. Se eu pudesse dar um conselho para os jogadores brasileiros seria: saiam do país quando acharem que é o momento certo. Chega em um ponto que não é mais sua qualidade ou seu mérito que faz com que você
esteja jogando em qualquer uma das divisões acima. Nosso país tem muitos jogadores para poucas vagas e isso complica o processo de todos. Nós temos mais ou menos 40 clubes de elite e, às vezes, pelo menos financeiramente, não vale a pena ficar no Brasil jogando uma Série B ganhando a mesma coisa que no exterior e não se destacando. Ou jogar uma Série C, D e não
ganhar um dinheiro que dê para investir em outros projetos. Eu tenho analisado muito a Série C e tem muitos jogadores que têm qualidade para jogar uma primeira divisão no México ou até no Brasil, mas acabam não jogando por outros fatores. O mercado tem poucas vagas para muito jogadores, então eu entendi que era mais saudável ir para o exterior porque eles olham para o brasileiro com admiração e respeito. Então, acho importante os nossos jogadores não buscarem apenas a Europa, mas também o futebol latino.”

A próxima partida que ele poderá entrar em campo tentando melhorar seus números com a camisa do Sol de América será no próximo domingo (24), às 18h (de Brasília), contra o Libertad, pela 12ª e última rodada do Clausura. O Sol de América ocupa a 4ª colocação, com 16 pontos ganhos.

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