O que parecia pouco provável pela trajetória das duas equipes até aqui na Libertadores aconteceu. Atuando no Monumental Isidro Romero em Guaiaquil, o Barcelona foi goleado por 3 a 0 pelo Estudiantes, equipe a qual venceu na estreia em pleno Estádio Único de La Plata por 2 a 0, e manteve viva a possibilidade dos argentinos irem a próxima fase da competição.
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O princípio de jogo se mostrou bem truncado, tendo como característica principal uma pegada bem firme na marcação dos argentinos que, como consequência, resultou em muitas faltas logo nos primeiros 10 minutos do sistema defensivo do Estudiantes.
Depois desse período, o arqueiro Mariano Andújar precisou trabalhar em dois lances de perigo com Erick Castillo (finalização de fora da área) e Jonatan Álvez (chute no contrapé após rebote de escanteio), fazendo duas defesas importantes e difíceis.
O Barce se animou e tinha tranquilidade para trocar passes já que, receoso de abrir demais seu sistema ofensivo, o Estudiantes se retraía e esperava a chance de implementar o contra-ataque que surgiu aos 28 minutos.
Após um lindo passe de três dedos em profundidade pelo lado esquerdo do ataque dado por Augusto Solari, o lateral Sebastián Dubarbier cruzou com precisou para Javier Toledo que, cara a cara, acertou a trave de Máximo Banguera. No rebote, Juan Cavallaro pegou de primeira e abriu a contagem em Guaiaquil.
O gol ajudou a partida a ficar ainda mais aberta já que, com a derrota, o time equatoriano perdia a possibilidade de abrir larga vantagem e praticamente garantir o primeiro lugar do Grupo 1. Sendo assim, a ofensividade do Ídolo fez com que os espaços também aparacem mais para alguns perigosos contra-golpes do time de La Plata.
Além disso, Andújar voltou a ser fundamental para o Estudiantes fazendo intervenções principalmente nos lances de bola aérea onde o Barcelona constantemente mostrava superioridade. Nada suficiente para que mudasse algo no placar da primeira etapa.
E, se os donos da casa queriam se recuperar o mais rápido possível nos 45 minutos finais, o balde de água fria veio aos oito minutos. Em nova jogada feita pelo lado esquerdo do ataque pincharrata, Facundo Sánchez se livrou da marcação dentro da área e testou forte, no canto de Banguera, e aumentou a contagem no Monumental.
Mais uma vez os argentinos voltaram a se defender e aguardar o time mandante, já tendo diante de si um Barcelona mais desanimado e desorganizado. Com isso, a chegada ao terceiro gol parecia mais provável do que a diminuição da derrota equatoriana. E, graças ao veterano Juan Sebastián Verón, o Estudiantes chegou ao terceiro tento.
Recebendo nas costas do lado esquerdo da defensiva do Barce, Verón levantou a cabeça e tocou em diagonal para Sánchez que, mesmo se atrapalhando um pouco no domínio, conseguiu concluir para as redes, 3 a 0.
Com isso, não foi preciso muito por parte da equipe dirigida por Nelson Vivas para segurar o resultado e passar a “secar” o Botafogo que, daqui a pouco, enfrenta o Atlético Nacional no Rio de Janeiro.
Em caso de empate ou derrota dos brasileiros, o clube pincharrata ainda tem possibilidades de ultrapassar o próprio Fogão no Grupo 1. Se o time brasileiro passar pelos atuais campeões do torneio, acabam as possibilidades matemáticas do Estudiantes.