Se na atualidade falar da história do Grêmio em relação a Copa Libertadores é algo que enche de orgulho e rende ótimas (e gloriosas) histórias, o primeiro capítulo dourado dessa trajetória data do ano de 1983, edição que trataremos nessa quarta-feira (16) na série de matérias especiais batizada de Esquadrões Libertadores.
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1983
O torneio foi realizado com 21 clubes sendo dois representantes de cada país com exceção do Uruguai pelo fato do Peñarol ser o campeão vigente. Os outros clubes que jogaram o torneio em questão foram Alianza Lima, América de Cali, Atlético San Cristóbal, Barcelona de Guayaquil, Bolívar, Blooming, Cobreloa, Colo-Colo, Deportivo Táchira, El Nacional, Estudiantes, Ferro Carril Oeste, Flamengo, Grêmio, Montevideo Wanderers, Nacional (Paraguai), Nacional (Uruguai), Olimpia, Tolima e Universitario.
Campanha do Grêmio
Ao lado de Flamengo, Bolívar e Blooming no Grupo 2, o Imortal passou com uma campanha impassível de contestações: cinco vitórias e apenas um empate em seis jogos, marcando 13 gols e sofrendo apenas quatro, campanha essa que lhe rendeu a primeira posição da chave.
Foi na segunda fase, equivalente hoje ao mata-mata, porém na época jogada em um triangular com outros dois líderes de grupo, que a campanha teve absoluto tom de sofrimento disputando apenas uma vaga na decisão contra Estudiantes e América de Cali. Fazendo, nessa etapa, um dos jogos mais “malucos” da história do torneio onde, com dois homens a mais, chegou a tomar o empate em 3 a 3 contra o Estudiantes estando ganhando de 3 a 1, ficando na dependência de um empate para ir a final. Felizmente, a igualdade dos dois oponentes em 0 a 0 favoreceu o time brasileiro.
Decisão
Para buscar a sua primeira taça de Libertadores, o Grêmio teria de superar o multicampeão Peñarol em dois jogos de muita luta, disputa e, acima de tudo, onde seria necessário se impôr. E o Tricolor gaúcho o fez.
No embate de ida, disputado no Centenário, a equipe do técnico Valdir Espinoza arrancou um importante empate por 1 a 1 abrindo a contagem com Tita aos 12 minutos da etapa inicial com Fernando Morena deixando tudo igual aos 34.
E, na partida valendo taça em um tomado Estádio Olímpico, Caio fez o primeiro aos nove, novamente Morena apareceu na decisão igualando já aos 25 minutos, mas César marcou aos 32 aquele que seria o gol do título gremista com direito, aliás, a confusão onde Venâncio Ramos e Renato Gaúcho acabassem expulsos de campo.
Jogos
Fase de Grupos
Grêmio 1 x 1 Flamengo
Blooming 0 x 2 Grêmio
Bolívar 1 x 2 Grêmio
Grêmio 2 x 0 Blooming
Grêmio 3 x 1 Bolívar
Flamengo 1 x 3 Grêmio
Segunda Fase
Grêmio 2 x 1 Estudiantes
América de Cali 1 x 0 Grêmio
Grêmio 2 x 1 América de Cali
Estudiantes 3 x 3 Grêmio
Final
Peñarol 1 x 1 Grêmio
Grêmio 2 x 1 Peñarol
Time-base: Mazarópi; Paulo Roberto, Baidek, Hugo de León e Casemiro; China, Tita e Oswaldo; Caio (Cesar), Renato Gaucho e Tarciso.
Artilheiro: Arcenio Luzardo (Nacional – Uruguai) – oito gols.
